Os bots já não são o futuro. São o presente
T47 - Outubro 19

Joana Carravilla

Country Manager Iberia da Elife
A

generalidade dos negócios está a movimentar-se para online e a industria têxtil e da moda, que está sempre na vanguarda no que toca à adoção de soluções que potenciam o seu negócio, está focada em desenvolver soluções para tornar as compras online cada vez mais fáceis e rápidas para os seus clientes.

Mas, como todos já sabemos, não existem vendas em moda sem um bom atendimento ao cliente, factor determinante para gerar confiança e fidelizar o cliente digital. Não é por isso de estranhar que a utilização de bots – aqueles “pequenos robots” que nos “respondem” nas redes sociais, em plataformas nativas de chat e em websites – estejam a ser cada vez mais utilizados pelas marcas de moda para atender os seus consumidores.

Marcas como a Tommy Hilfiger, H&M, Levi’s ou Burberry têm incorporado esta tecnologia como mais uma estratégia de fidelização e de incremento do negócio. Um responsável da Tommy Hilfiger justifica este investimento em bots dizendo que “estamos realmente focados em ir diretamente ao consumidor. Estamos obviamente distribuídos em lojas e lojas de departamento, mas ir diretamente ao consumidor é realmente o objetivo e o futuro do processo omnichannel. ”

A grande vantagem está no facto dos bots, através da inteligência artificial, promoverem uma abordagem individualizada de relacionamento com o consumidor. Um atendimento personalizado, 24 horas, com resposta imediata a questões simples que libertam os recursos humanos para o acompanhamento de situações mais complexas. Os bots têm ainda sido rentabilizados como uma montra para todo o trabalho desenvolvido pelos profissionais da moda. Em muitos deles é possível pesquisar coleções, ver catálogos, assistir aos bastidores dos desfiles e até ter ajuda para a escolha do melhor outfit, de acordo com a ocasião.

Quero com isto dizer que o atendimento humano deve ser colocado de parte? De todo. Continua a ser fundamental ter esse acompanhamento, mas os bots vieram simplificar processos e permitir que esses recursos estejam focados no que facto importa: em criar valor para as marcas. Recentemente, a Elife desenvolveu um chatbot para a Bershka que está disponível no Facebook Messenger para 15 países em dois idiomas: inglês e espanhol. O objetivo foi o de criar uma estrutura nesta plataforma de chat para divulgar produtos, dar dicas de beleza e moda e promover relacionamento entre marca, influenciadores de moda e os seguidores da marca.

Até 2020, espera-se que 85% do atendimento ao cliente seja realizado por intermédio de bots. Com o crescimento exponencial dos dispositivos de voz, como Google Home ou a Amazon Alexa, o atendimento por bots está a ir além do chat e a assumir-se também por voz.

Os bots já não são o futuro. São o presente. Se porventura ainda não está convencido, recordo que, em 2024, o mercado dos bots deverá estar avaliado em 994,5 milhões de dólares. Neste momento, só no Facebook Messenger já contamos com mais de 300 mil bots ativos em 200.

Do que está à espera para criar um bot para a sua empresa?

Partilhar