Um produto, uma história!
T60 - Janeiro 2020

Jorge Pereira

CEO da Lipaco e vogal
da Direção da ATP
H

oje vive-se uma crise económica generalizada pelo mundo e é muito importante para as empresas combaterem-na. Não só tirando partido do enfraquecimento da concorrência global devido à conjuntura que já existia e que foi drasticamente acentuada pelo Covid-19, mas também através da criação de estratégias para valorizar o produt, quer através do seu valor acrescentado, quer pela história e a influência que a mesma pode trazer junto do mercado e segmento alvo.

O país de origem por vezes, em alguns mercados ou segmentos de mercado, não deixa de ser relevante, uma vez que a conotação associada até inconscientemente pode ser muito positiva ou muito negativa.

O prestígio, esse ganha-se ou mantem-se por ser sinónimo de tradição e qualidade percebida, ou perde-se por estar conotado por razões históricas de habitual qualidade baixa. Já para outros mercados não deixarão de ser sempre as suas características para a criação de valor de marca.

O fator preço será sempre o calcanhar de Aquiles para muitos produtos e mercados. As marcas precisam de se destacar umas das outras de modo a conquistarem real credibilidade e autenticidade, conseguindo assim subsistir neste mundo global onde a rapidez da mudança é cada vez mais frequente.

O storytelling tem sido uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas marcas criativas e que se querem mostrar ao mercado de forma irreverente fazendo com que o consumidor se identifique com a cultura da marca ou até da própria organização.

Usar uma história rica em valores pode até combater todos os outros fatores menos positivos, sobretudo quando damos valor a preservação dos recursos do nosso planeta, aos colaboradores das nossas organizações, ou qualquer outra estratégia que demonstre por A + B que vale a pena sonhar com a filosofia da história que foi passada pelo bem que acabaram de adquirir. A admiração cresce!

Esta história não é importante apenas e só para quem a conta, mas também para todos os colaboradores e clientes dessa marca. Ela acaba por sedimentar essa ligação e lealdade que todas as organizações lutam por a conseguir, cultivando um grupo de apoiantes que acabam por partilhar e divulgar essa mesma história.

Este objetivo consegue-se a partir das emoções humanas que propositadamente estão por detrás dela. A empatia e os vínculos emocionais verdadeiros geram-se, mas só os conseguimos quando compreendemos os pensamentos e os sentimentos dos clientes. O fundamental é conseguir construir uma história, verdadeira, exclusiva, que representa os verdadeiros valores que a marca representa.

Quem nunca se questionou sobre como surgiu um projeto, uma organização ou uma marca? Quem nunca ficou a sonhar com o imaginário desconhecido por detrás de um sucesso?

Contemos então as histórias das nossas marcas e façamos a diferença. Era uma vez….

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