entro com sede no Porto, delegações em Lisboa e Covilhã, polos em Vila das Aves e Barcelos, extensões em Pinhel, Lousada e Marco de Canaveses, 1.114.208 de horas de formação, 13.850 formandos, 600 ações de formação, a maioria das quais em empresas e/ou espaços fora das instalações físicas, projetos de formação e qualificação de pessoas desempregadas em 70 empresas, com 90% de taxa de empregabilidade, participações nos campeonatos europeus e mundiais das profissões em representação de Portugal, prémios empresariais europeus, notoriedade significativa de ex-formandos em múltiplos concursos e eventos.

Uma leitura impressionista dos resultados da atividade recente do Modatex poderia facilmente parecer o nosso mais moderno e fashion portefólio/cartão de visita. No entanto, mesmo “torturados”, estes números pouco dirão sem a sua contextualização, sem um texto que os possa tecer. Uma afinidade etimológica aproxima estas duas palavras já que “texto” deriva do verbo latino texere (tecer), ou seja “coisa tecida” ou “maneira de tecer”. E cada texto é sempre uma trama, entrecruzando palavras num outro todo, num novo tecido.

Qual é pois o sentido de um centro de formação para o sector ITV? Qual o valor da relação de parceria estabelecida em 2011 entre o IEFP, a ATP, a ANIVEC e a ANIL, visando a criação do Modatex – enquanto centro de formação profissional de referência para a Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios? Os dados da nossa atividade em 2014 falam por si e tanto nos deslumbram como intimidam: são pontos de referência, indicadores de exigência e de esforço, evidências de inovação e de inteligência, provas de dedicação e sentido de serviço público.

A formação profissional procura conjugar harmoniosamente as imperiosas necessidades de recursos humanos qualificados para a atividade económica e a relevância do exercício de papel de trabalhador na qualidade de vida qualquer adulto.

Formação que não pode servir unicamente para fornecer pessoas qualificadas para o mundo da economia, nem se destina só ao ser humano enquanto agente económico, porque visa um objetivo civilizacional mais relevante: a realização completa do homem, na sua riqueza e complexidade de expressões: “individuo, membro de uma família e de uma colectividade, cidadão, produtor, inventor de técnicas, criador de sonhos”. (F. Mayor Zaragoza).

Tendo um longo passado, marcado pela história de centros de formação sectoriais extintos, o Modatex estará certamente presente nas anunciadas batalhas dum mundo sempre em mudança, onde a certificação e qualificação profissional de todos os profissionais, em todos os níveis e áreas técnicas, será fundamental. Este é o nosso compromisso com o tempo em que vivemos: face às exigentes urgências que todos os dias as empresas e os trabalhadores do sector nos colocam, ajudar a construir um futuro com futuro, marcado pela competência, inovação, profissionalismo, desenvolvimento e esperança.