À vontade mas não à vontadinha
T58 - Novembro 2020

Manuel Serrão

DIretor do T
T

enho uma amiga que muito estimo e com quem gosto muito de brincar que sempre me diz “atenção que isto é à vontade, mas não è à vontadinha” quando acha que algum limite está perto de ser ultrapassado.
Foi dela e deste dito que me lembrei quando resolvi escrever este texto sobre a forma como a nossa Indústria Têxtil e Vestuário está a lidar e a reagir a esta interminável crise pandémica.
Já aqui foi dito que a reacção da ITV foi rápida, resiliente e inovadora e os números das exportações têxteis do mês de Agosto, com uma ligeira subida em relação a Agosto de 2019, foram uma boa evidência disso.
Parecia por isso que a ITV estava a ficar mais à vontade com o desenrolar da situação, conseguindo adaptar-se aos novos tempos e à nova procura. Com a chegada do Outono e o reacender da pandemia em toda a Europa percebeu-se que podia estar à vontade… mas não à vontadinha.
Não é de estranhar por isso que muitos empresários e especialmente os seus representantes associativos tenham já começado a fazer sentir aos governantes a forte necessidade de incluir o setor no grupo, cada vez maior, das empresas que têm de beneficiar das ajudas do Governo e da União Europeia. Na linha justa de que são as empresas que não tinham dificuldades antes do Covid que devem ser ajudadas com prioridade.

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