Paulo Salgado
sustentabilidade da indústria têxtil começa no início do processo de design e desenvolvimento. Muito se tem falado sobre os milhões de toneladas de roupas que são depositadas todos os anos no planeta, mas, o que dizer dos resíduos têxteis e das emissões de carbono geradas no próprio processo de desenvolvimento? De acordo com algumas estimativas, € 5-7 biliões (dados EFI/Optitex) são gastos em amostragem física na indústria de vestuário a cada ano. Por que razão continuar a desperdiçar tantos materiais e energia em amostras físicas caras e poluentes?
Fornecedores e compradores de materiais devem ser os primeiros a dar o exemplo através da utilização de amostras digitais e interfaces de visualização em 3D que oferecem uma alternativa rápida e limpa ao processo tradicional de amostras físicas. O recurso a experiências digitais e inovadoras através da tecnologia 3D está a ser uma tendência cada vez mais frequente para apresentação de novas coleções nas principais feiras internacionais do sector, antes, durante e após os eventos presenciais.
Produtores de materiais partilham assim novas coleções com clientes estratégicos antes da data do evento, permitindo a exploração visual e simulação 3D desses materiais, tornando os encontros presenciais muito mais eficientes. O mesmo acontece com todos os visitantes que durante o evento não têm oportunidade de explorar todos os detalhes de uma coleção. Através da partilha de um email, poderão ter acesso a toda a coleção virtual e consultá-la a partir de um smartphone.
E o toque? Como sentir o tecido? O toque é absolutamente indispensável e imprescindível. O caminho passa pela criação de pequenos livros de amostras, onde constem apenas as estruturas de materiais em “cru” e não de todas as variações de cores e padrões aplicadas nessa mesma estrutura de material.
Todas as demais variações podem ser simuladas recorrendo à tecnologia digital 3D que está a evoluir a cada dia que passa, oferecendo renderizações foto-realistas dos materiais que ajudam a decidir detalhes de design e cores. Quando se trata de movimento, caimento e alongamento do material, isso requer uma animação mais sofisticada do material que pode também ser complementada com a gravação e partilha de um vídeo do material físico.
A sampLess está em missão de estabelecer os padrões da indústria para a amostragem digital, de forma a reduzir até 70% os recursos consumidos no processo tradicional de prototipagem física. Disponibilizamos a melhor tecnologia do mercado para transformar catálogos tradicionais em experiências digitais e inovadoras, não apenas porque está na moda mas porque ajuda o processo de desenvolvimento a ser mais sustentável e eficiente!
Este está a ser o caminho que muitas empresas multinacionais de renome já estão a tomar para aumentar as vendas online e acelerar o lançamento de novos produtos no mercado.