Júlio Magalhães
Numa fase, onde o mercado iria abrandar ou parar, a Baby Gi adaptou-se e superou-se através da produção de máscaras e fatos de proteção.
omo é que a Baby Gi ultrapassou as dificuldades da pandemia?
Nessa altura apercebemo-nos que o mercado iria abrandar ou mesmo parar, porque estávamos numa fase de entregas da coleção de verão 2020 e começamos a receber emails dos clientes a pedir para atrasar as entregas e alguns a cancelar as encomendas. Nesse momento percebemos que tínhamos de fazer alguma coisa para manter a produção em funcionamento, foi quando surgiu a ideia de produzir máscaras e fatos de proteção devido aos pedidos de várias instituições. Mas para nosso espanto o mercado internacional nunca parou e as encomendas de verão foram enviadas para os clientes inclusive com reposições, apenas o mercado Espanhol ficou bloqueado.
Qual é a importância que o e commerce assume nas contas da empresa?
Neste momento ainda representa muito pouco, mas estamos prestes a lançar uma nova plataforma de e commerce B2B e B2C para aumentar as vendas, porque temos a certeza que o futuro passa pelo e commerce. As lojas tradicionais terão sempre que existir porque no nosso setor os clientes ainda dão muita importância á qualidade do produto e para isso querem sempre ver e tocar para ter a certeza que vão dar o melhor aos seus filhos.
Quais são os principais mercados de exportação?
Itália, Reino Unido, Bélgica, EUA e Medio Oriente.
Que mercado mais gostava de abrir ou qual será a vossa próxima aposta internacional?
Como é do conhecimento de todos a Europa está e vai passar por momentos difíceis resultantes de uma pandemia e agora de uma guerra que cria muitos problemas energéticos e de inflação, por estes motivos estamos a apostar no mercado Norte Americano onde já apresentamos duas coleções.
Nos últimos anos como variou a percepção dos consumidores internacionais sobre o Made In Portugal?
O Made in Portugal tem cada vez mais importância para os compradores internacionais, mas sinto que ainda é muito difícil vender como marca, ainda vêem Portugal como um pais que sabe fazer bem. Para além do Made in Portugal é necessário vendermos mais as marcas Portuguesas, é necessário criar valor nos nossos produtos, o estado em conjunto com as empresas tem que investir mais na promoção das marcas, temos que olhar para os exemplos de Itália, França e Espanha onde existem as marcas mais importantes no setor do bebé e como todos sabemos a maior parte dos seus produtos é Made in Portugal mas são estas marcas que ficam com a maior parte da cadeia de valor, na minha opinião temos que inverter esta situação porque temos todas as condições para fazer com que a maior do valor fique em Portugal.
Diretor-geral da Baby Gi, a marca 100% made in Portugal dedicada à roupa e acessórios de puericultura lançada em 2016 e que aprendeu a andar depressa, tanto comercialmente como industrialmente já tem nas exportações cerca de 70% do seu volume de faturação. Para além do mercado europeu, com destaque para países como Itália, França e Inglaterra, a marca está já presente em destinos como EUA, Kuwait, Dubai, Panamá e Colômbia