E é no meio de toda esta incerteza global que garante que irá continuar no têxtil, “pois faço aquilo de que gosto e sempre me imaginei a trabalhar no têxtil e o caminho será por aí”. Apaixonada pela moda – também desde muito cedo – compreende que é isso que a prende no têxtil.
ascida e criada no meio dos farrapos, parece que o caminho de Catarina Cardoso foi desde tenra idade traçado: “desde muito cedo que sabia que a minha função passaria por algo muito ligado ao têxtil”, contou a Planning Manager da Carmafil, salientando o seu gosto pela moda.
Filha de vendedor de malhas e da dona de uma confeção, conhece bem o meio, mas, ainda assim, confessa que é um desafio em constante mutação. Há já cinco anos que é a Planning Manager da empresa sediada em Lijó, Barcelos, cargo que a faz não só responsável pela gestão de encomendas e produções, mas também pela gestão de qualidade e pelas certificações da empresa.
Com tarefas intimamente ligadas aos conhecimentos obtidos na formação académica, Catarina Cardoso salientou que atualmente fazer planeamento é um desafio constante: “é difícil fazer planeamento com todas as circunstâncias que o dia-a-dia nos coloca, desde a falta de matérias-primas até aos atrasos e, muitas vezes, é complicado passar isso ao cliente – porque apesar de ter consciência do mercado, acaba por não perceber e essa ponte é muito desafiadora”.
O mundo altera-se e molda-se e “todos os dias há uma novidade e um percalço novo. Está tudo intimamente ligado e, evidentemente, o mercado está volátil devido às mudanças que o mundo tem sofrido desde 2020”, esclareceu. Neste momento, para Catarina Cardoso, o maior desafio está em compreender de que forma está o mundo. “Este ano está a ser muito diferente para o têxtil e temos que tentar compreender o que se avizinha. Há uma queda no mercado e é global e estamos a tentar perceber o que vai acontecer: não sabemos o que futuro nos traz”.
É igualmente por isso que é necessário sair da zona de conforto e “apostar em mercados diferentes, pois – tal como o mundo está a mudar – também o consumidor está a consumir de forma diferente, logo esta é uma fase de procura”. E é ciente da necessidade de responder às exigências da sustentabilidade: “melhor produto, mais durável, com mais qualidade” que se torna claro para a Planning Manager que todos estamos a ser reeducados para o consumo e, que, também isso se reflete nas exigências do seu trabalho.
E é no meio de toda esta incerteza global que garante que irá continuar no têxtil, “pois faço aquilo de que gosto e sempre me imaginei a trabalhar no têxtil e o caminho será por aí”. Apaixonada pela moda – também desde muito cedo – compreende que é isso que a prende no têxtil. “Eu gosto muito de marcas e de ver o que se faz lá fora e o quão bem se faz lá fora. O mesmo acontece em Portugal, pois muito é pensado lá fora e executado no nosso país. Nós conseguimos chegar àquilo que é pensado lá fora”, enfatizou.
Ora é a este fascínio pelo mundo da moda, que é também o mundo do têxtil, que Catarina Cardoso está presa, “pois pegamos em panos e conseguimos fazer coisas fantásticas. Uma t-shirt não é só uma t-shirt, é uma manifestação do nosso ‘eu’ e não deixa de ser pano, mas conseguimos dar-lhe vida. Hoje em dia, as peças falam sozinhas”, clarificou.
Da paixão pela moda está também o pensamento de criar uma marca que possa manifestar todas estas coisas e Catarina Cardoso não esconde que poderá ser algo que acontecerá no futuro, pois não imagina o seu percurso longe dos farrapos que tão bem conhece.
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