Bárbara Leite é desde fevereiro de 2022 a Head of Research & Development da RDD Textiles. Com alma e coração de cientista responde aos desafios que a têxtil lhe propõe.
atural de Guimarães mas atualmente residente em Braga, Bárbara Leite é desde fevereiro de 2022 a Head of Research & Development da RDD Textiles. A sua formação base demonstra a sua curiosidade e interesse para responder aos enigmas científicos: uma licenciatura em Biologia Aplicada, um mestrado em Genética Molecular e um doutoramento em Biologia com especialização na área em Ecologia Molecular Marinha, todos eles pela Universidade do Minho.
Portanto, com coração e alma de cientista, a bióloga elucida como aterrou na têxtil: “O transportar para o têxtil não foi tanto o conhecimento específico, mas sim o interesse pelas ciências e pela investigação em geral e, no fundo, perceber que a têxtil – indústria tão antiga e tão poluente – acarreta consigo tantos impactos, que o meu interesse pela ciência me faz crer que é possível trabalhar dentro desses impactos, mas de uma forma positiva e alternativa àquilo que vinha a ser feito”.
Sempre de mente saltitante e com interesse nato pelas ciências – ainda que nem sempre direcionado para as áreas que viria a estudar – começou na RDD como Project Manager em outubro de 2021, realizando gestão de alguns projetos. Mas a empresa evoluiu e, com isso, trouxe o crescimento exponencial do desafio e a possibilidade de levantar mais e mais questões com o cargo de Head of Research & Development.
“É muito desafiante, porque depois de anos académicos a tentar sempre fazer diferente e mudar e perguntar, nota-se que esse background tem diferenciação face a uma indústria de produção tão típica que é têxtil. Eu tenho sempre necessidade de testar e comprovar e sei que, às vezes, pode ser chato para alguns, mas sem ser desta forma, não despertava o interesse em mim”, esclarece.
É, portanto, no constante questionamento e na necessidade de estar a trabalhar determinada questão com a capacidade de pensar num próximo desafio e como lhe responder, que a bióloga vimaranense “manifesta o interesse e que não apaga os porquês”. Ambiciosa de ser e fazer diferente onde não é expectado, compreende que, a nível profissional, “é esperado que faça cada vez maior diferença e esse será sempre o objetivo: diferenciação no desenvolvimento do produto, da matéria-prima do produto, dos produtos que usamos para desenvolver as nossas malhas”.
Da história feliz que vive na RDD Textiles foi, igualmente, recordado que esteve para abraçar um outro projeto: continuar os seus estudos na Polónia com um pós-doutoramento na mesma área de especialização do seu último grau académico. Porém, algo na proposta da empresa têxtil a fez mudar de rumo. Não foi só o desafio que agarrou e que ainda continua em força, mas também o facto de ser filha de pai imigrante e de conhecer os dissabores de estar longe da família. Como recorda: “Foi uma decisão bem tomada, de todo não há arrependimento e estou segura que o direi daqui a dez anos – mesmo que o futuro não passe pela RDD e passe por outra indústria completamente diferente. Isto é uma escola, é outro doutoramento”.
Em suma, esta decisão foi um sair da zona de conforto e um passo mais calculado, e que trouxe a Bárbara Leite o desafio de tornar a têxtil mais inovadora, sustentável e sempre cheia de ‘porquês’ para conhecer e responder. Abraçou o repto e promete que é para ficar.
Família O marido e os dois gatos, o Félix e a Mel Casa Apartamento em Braga Carro Bicleta imaginária Formação Licenciatura em Biologia Aplicada, um mestrado em Genética Molecular e um doutoramento em Biologia Portátil HP Telemóvel Só 30 minutos por dia Hobbies Ver ciclismo, passear, ouvir música, ler, andar de moto, ver séries Férias As últimas foram para ver a final da Vuelta à Espanha Regra de ouro “Ser e fazer a diferença onde não seria esperado”