A empresária da Babash tem 45 anos e é licenciada em História de Arte. “Tentar sempre ser uma pessoa melhor” é o seu mantra. Além dos acessórios, tem uma empresa que faz instalações florais
abash Design. Porquê Babash? Bem, porque Vanessa nasceu em Londres, em 1970, filha da paixão de um diplomata espanhol por uma inglesa chamada Elisabeth, mas que pais, irmãos e amigos de infância tratavam carinhosamente por Babash.
Babash é o petit nom da mãe de Vanessa Garcia-Agulló, mas também a marca das carteiras, cintos e bijuteria que ela e a cunhada Catarina Feio estão a fazer crescer mais depressa do que imaginavam. Estão no mercado só desde o início do ano e já estão a ser namoradas pelas Galerias Lafayette e os suíços da Globus – e têm 60 pontos em dez países, do Qatar ao Congo, passando por Bélgica, Austrália e Itália. Cá, estão na Loja das Meias (Lisboa) e no The Fitting Room (Porto).
Mas recuemos no tempo para contar direitinho a História e Pré-História da Babash, nome de pessoa e de marca de acessórios com nomes de pessoas. Todas as 28 carteiras e cinco cintos foram estão baptizados – a carteira best seller chama-se Noah, “em homenagem ao sr. Noé, o último marceneiro do Porto”.
Até aos 14 anos, Vanessa vagabundeou pelo mundo, do Egipto para o Gana, da Libéria para a India, ao sabor das colocações decididas no Palácio de Santa Cruz, em Madrid, até que em 1984 os Garcia-Agulló foram mandados para o consulado geral de Espanha no Porto, onde decidiram deitar âncora.
Vanessa andou no Colégio do Rosário, antes de decidir cursar História de Arte, e ia ganhando o dinheiro para os seus alfinetes em biscates variados, como feiras na Exponor ou como recepcionista no Ipanema Park. O primeiro emprego a sério foi na Alfândega, a ajudar Isabel Aires a arrancar com o Museu de Transportes. Era aqui que estava feliz, quando a Sogrape decidiu mandar o marido (Fernando, tal como o avô, o genial inventor do Mateus Rosé) para a Argentina, gerir a recém-adquirida Finca Flichman.
Habituada de pequena a ser nómada, Vanessa lá foi, demorando-se três anos em Buenos Aires, onde nos tempos que o ofício de mãe lhe deixavam livres, dançava sevilhanas e fez muitos cursos: vinhos, cozinha, pintar paredes, jardinagem, etc.
De regresso, em 1999, teve uma passagem de cometa pela Alfândega, antes de se decidir a ganhar a vida a trabalhar com o que gostava – flores. Assim nasceu a Casa Florida, que faz instalações florais em eventos corporate (conferências, jantares, reuniões, etc) e tem uma avença da Casa da Música.
A ideia de se meter numa coisa relacionada com Design veio à baila há dois anos, numa conversa com a cunhada Catarina. Quem diz design diz acessórios, mulher, carteiras, cintos, bijuteria.… Conceito? “Toda a gente anda vestida de igual. O que pode diferenciar o look é usar uma carteira que seja uma jóia que dispensa brincos e colares”, explica Vanessa, acrescentando que Babash é sinónimo de produto artesanal de cultura portuguesa com coisas internacionais, como uma pedra africana, um tecido do Congo ou uma montagem de conchas do Bali.
Afinado o conceito, não precisaram de andar muito para arranjar fornecedores – estão todos à volta do Porto. E em Janeiro, fizeram-se à estrada, começando pela Who’s Next, uma estreia que correu bem apesar de estarem num sitio mau. Depois foi sempre a subir, na Edit em Nova Iorque e de volta a Paris à Who’s Next, em Setembro, já num lugar melhor. Tudo correu lindamente. O sucesso chegou muito depressa. “Quem sabe se para o ano vamos começar devagarinho com sapatos?”
Família Casada, tem três filhos, Fernando, 19 anos, José Maria, 16, e Salvador, oito Formação Licenciada em História de Arte Casa Vivenda no Pinheiro Manso, Porto Carro Audi e uma Kangoo para o negócio das flores Portátil Mac Book Air Telemóvel iPhone 5 Hóbis “Leitura, leio imenso!, cozinhar, vou voltar a danças sevilhanas, mas o meu verdadeiro hóbi são as flores, que também são trabalho” Férias Íamos sempre para as Salinas, no Algarve, mas este ano mudamos e fomos para a Croácia” Regra de ouro “Tentar ser sempre uma pessoa melhor”