Diana Pereira
“É uma linha muito futurista, com materiais técnicos e efeitos anti-celulite”
Diana Pereira
T6 FEVEREIRO 2016
Emergente

Jorge Fiel

Diana Pereira
“Nunca me deslumbrei por ser manequim, mas sempre adorei viajar”

Modelo e empresária, Diana, 35 anos, lançou uma linha de roupa fitness para mulher , com o seu nome como marca, confecção da Botton e tecidos da LMA

N
N

ão fosse uma brincadeira do pai – Filomeno, dono de agência imobiliária em Coimbra e fotógrafo amador – e muito provavelmente Diana, 32 anos, seria agora uma anónima médica veterinária, um sonho de infância a que não era estranho o amor que tinha pelo siamês Pepe e o labrador Scout, que vivam lá em casa.

Algures em agosto de 97, o pai soube pela televisão do concurso Supermodel of the World, e, por brincadeira, pegou na máquina,  fez-lhe umas fotos e enviou-as para Lisboa. Duas semanas volvidas, o telefone tocou com a notícia que ela fora uma das 500 raparigas aprovadas para a fase seguinte.

A brincadeira começou a ficar séria, quando Diana foi uma das 12 escolhidas para a fase final nacional. E ainda mais séria ficou quando foi eleita para representar o país na final mundial, em Los Angeles. Ia mais que preparada para perder, até porque só tinha 14 anos, mas acabou por ser a única portuguesa a ganhar o concurso mundial promovido pela agência Ford. E a vida dela levou uma grande volta.

O gato Pepe, o cão Scout e o sonho de ser veterinária ficaram nas margens do Mondego, e em janeiro de 98, menos de meia dúzia de meses decorridos sobre a brincadeira, a Diana estava ia viver em Manhattan, no apartamento de Eileen Ford, com vistas para o Central Park.

Durante sete anos foi modelo a tempo inteiro, viajando por todo o mundo a passar roupas de Versace ou da Gucci e a fazer editoriais para as Vogues e Elles, com base numa das capitais da moda. Nos primeiros três anos, Nova Iorque foi o seu quartel-general, que no entretanto foi mudando para Tóquio, Paris e Milão. “Era super duro, mas não me arrependo de nada. Nunca me deslumbrei por ser manequim, mas sempre adorei viajar”, recorda Diana, que todos os meses ia a casa e se orgulha de nunca ter perdido um ano na escola.

Mal fez 18 anos tirou a carta, e ao volante do Mitsubishi Lancer do pai começou a cultivar uma paixão que a levou a mudar em 2004 o centro de gravidade para Lisboa e a dedicar cada vez mais tempo aos automóveis. No ano do Euro fez o Nacional de Todo o Terreno, em 2005 conheceu Tiago Monteiro (tinham o mesmo manager), em 2006 a Peugeot convidou-a para fazer o Nacional de Ralis (terminou todas as provas e foi a 4ª na categoria no Rali de Portugal), etapas numa carreira de piloto que pôs entre parêntesis quando ficou grávida da primeira filha.

Com passarelas e volante em banho maria, dedicou-se aos negócios: teve um bar nos Restauradores (Lisboa), publicou cinco livros infantis, fez uma coleção de jóias e um programa na RTP sobre automóveis, até voltar à moda pelo lado da criação, com uma linha de roupa fitness para mulher (confeção Botton, tecidos LMA) que acaba de apresentar na ISPO em Munique.

“É uma linha muito futurista, com materiais técnicos e efeitos anti-celulite. Muito reparável, maleável e feminina”, resume a Supermodel of the World, que herdou a costela dos trapos pelo lado materno – a avó era costureira no Parque Mayer e ensinou o oficio à filha Lurdes, mãe de Diana.

Cartão Do cidadão

Família Casada com Tiago Monteiro, têm dois filhos, Mel, sete anos, e Noah, seis Formação Curso de Fotografia e História de Arte (Arco) Casa Vivenda em Matosinhos Carro Honda CRV Portátil Sony Vaio Telemóvel iPhone 6 Plus   Hobbies Ginástica e pára-quedismo  Férias Um mês em Miami Regra de ouro Um dia de cada vez

Partilhar