4 Maio 2017
Economia

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Têxtil “anda mais depressa do que o país”

A aposta em têxteis técnicos, no design, nas exportações e em produtos sofisticados transformaram o têxtil e vestuário e “o sector surpreendeu positivamente com um melhor desempenho do que o país”. Num longo artigo do ECO-Economia Online, o director-geral da ATP-Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, faz um elogio “à reviravolta notável, à capacidade de renovação e de resiliência das empresas e dos empresários”, aponta para negócios e exportações que não param de crescer, mas avisa também que que “é preciso que haja fusões e aquisições” para consolidar esse ciclo de renovação.

“O grande salto acontece quando as empresas começam a olhar para novos mercados” e com a ajuda da ATP e da Associação Selectiva Moda passaram das sete feiras de 2002 a marcar presença em 85 feiras em 35 diferentes mercados. “Hoje ninguém tem dívidas de que o Made in Portugal é uma etiqueta que acrescenta valor”, sublinha Paulo Vaz.

O artigo destaca que indústria têxtil e vestuário representa 10% das exportações nacionais (3% das exportações de têxtil e vestuário da União Europeia); 20% do emprego da indústria transformadora nacional; 8% do volume de negócios na indústria transformadora nacional e 9% da produção da indústria transformadora nacional.

“Deixamos de ser tomadores de encomendas e passamos a ser vendedores e nalguns casos até criamos marca”, frisa o director-geral da ATP, ao mesmo tempo que analisa os problemas que se colocam para uma indústria tão exposta aos mercados internacionais. “A conjuntura internacional pode ser um problema. Na Europa, o Brexit, associado às eleições em França e na própria Alemanha levantam sérias interrogações. A somar a isto há ainda a incerteza à volta da governação de Donald Trump, nos Estados Unidos”, avisa.

Outro problema tem a ver com “os sérios constrangimentos no acesso ao crédito decorrentes da baixa capitalização das empresas”, diz Paulo Vaz, que deixa duras críticas à CGD: “Deveria cumprir o seu papel de ajuda à economia numa lógica de banco público”, numa altura em que “continuamos todos à espera do Banco de Fomento mas há ainda uma grande incógnita à volta desse assunto”.

Ler na integra em: https://eco.pt/2017/05/02/textil-um-setor-que-anda-mais-depressa-do-que-o-pais/

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