07 Maio 2018
Empresas

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Redução de taxas abre portas às exportações para o Canadá

Contactos ao mais alto nível, um mundo de oportunidades e boas perspectivas de negócios. Com reduções de taxas entre 10 e 20%, a comitiva de empresários da ITV (na foto, João Costa, vice-presidente da ATP com Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá) que acompanhou a visita do primeiro-ministro português ao Canadá regressou com confiança redobrada no potencial das exportações. Sobretudo pelas vantagens do recente acordo de livre comércio com a UE e o potencial deste país como porta de entrada num mercado alargado da América do Norte.

A comitiva têxtil de Portugal reuniu com representantes de empresas e potenciais importadores na cidades de Toronto e Otava e participo também numa cimeira que juntou os responsáveis políticos ao mais alto nível de ambos ao países com empresários de vários sectores. “Foi uma viagem muito importante para as empresas, quer pelo lado dos contactos com empresários locais quer com as entidades oficiais do país”, disse João Costa ao T Jornal.

Para o ministro da Economia português, Manuel Caldeira Cabral, o acordo de livre comércio (CETA) aumentará as margens de lucro das exportações para o Canadá e este país é uma porta de entrada para o vasto mercado norte-americano. “O CETA vai diminuir as tarifas em produtos exportados por Portugal, caso dos têxteis e dos agroalimentares, com uma redução dos tempos para o licenciamento de produtos”, disse o governante, lembrando que as exportações nacionais para o Canadá “têm crescido em torno dos dois dígitos, o que é muito interessante e que pode ser alargado pelo acordo de comércio livre”.

Num mercado exigente e concorrencial, Caldeira Cabral destacou também a capacidade competitiva das empresas portuguesas e a qualidade daquilo que produzem. “As empresas portuguesas já ganharam vasta experiência com exportações para mercados muito competitivos como o europeu”.

Manuel Caldeira Cabral reconheceu a exigência do mercado canadiano, mas adiantou que as empresas portuguesas “já ganharam vasta experiência com exportações para mercados muito competitivos como o europeu”. “Temos produtos de qualidade que estão ao nível dos melhores do mundo e o mercado canadiano reconhece essa qualidade. Agora, com o CETA, haverá uma redução de tarifas entre os 10 e 20%, o que significa que aumentará a margem para as empresas já presentes no mercado canadiano. Acredito, por isso, que haverá oportunidades para outras empresas nacionais entrarem no mercado do Canadá”, frisou o ministro.

A par dos têxteis e calçado, as principais exportações nacionais para o mercado canadiano incluem ainda os sectores alimentar e dos metais comuns, grupos de produtos que representavam mais de 50% do total.

Segundo dados fornecidos à Lusa pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), entre as maiores empresas exportadoras portuguesas para o Canadá figuram a Cordex – Companhia Industrial Têxtil e a Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, e os dados anuais do comércio internacional indicam que em 2017 as exportações têxteis para o Canadá cresceram 8,5% – para cerca de 40,9 milhões de euros – sendo o 16º destino mais importante.

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