21 abril 23
Exportações

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Exportações e importações impactadas pelo abrandamento económico

Em fevereiro de 2023, as exportações de têxteis e vestuário registaram uma quebra de 3% em valor e de 12% em quantidade. De uma forma generalizada a quebra regista-se em quase todas as categorias de produtos, com exceção dos tecidos de malha (que registaram um aumento de 17% em valor e 33% em quantidade) e do vestuário em tecido (aumentou 15% em valor e 5% em quantidade).

Segundo análise assinada pelo presidente da ATP, Mário Jorge Machado, constata-se que, em termos acumulados, os dois primeiros meses do ano somam 1.012 milhões de euros (+1%) e 83 mil toneladas (-12%) de exportações. A quebra sofrida pelos têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados foi -16% em valor e de -14% em quantidade. Nas matérias têxteis, a quebra foi de -3% em valor e de -14% em quantidade. As exportações de vestuário permaneceram positivas em valor (+7%), mas em volume verificou-se uma diminuição (-5%).

Estamos seguramente a exportar menos por mais valor. Facto que se deve à inflação que se regista na maioria dos mercados e que tem impacto ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento.

Nestes dois meses do ano, registámos uma quebra na maioria dos principais destinos de exportação. Ainda assim, nalguns conseguimos um bom desempenho. São exemplos disso: França (+13% em valor, +3% em quantidade), Suíça (+42% em valor, +10% em quantidade), Canadá (+21% em valor, +19% em quantidade), Roménia (+18% em valor, +27% em quantidade) e Chéquia (+20% em valor, +7% em quantidade).

Em fevereiro, importámos -8% em valor e -17% em quantidade, afetando sobretudo as matérias têxteis e os têxteis confecionados, uma vez que no vestuário importámos +11% em valor e +3% em quantidade.

Em termos acumulados, nos dois primeiros meses do ano, Portugal importou 805 milhões de euros e 86 mil toneladas de têxteis e vestuário, -2% do valor e -19% da quantidade importada no mesmo período do ano anterior, afetando em particular as matérias-primas têxteis (-24% em valor e -27% em quantidade) o que reflete uma menor procura por parte da indústria, em resultado do abrandamento económico.

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