Raposo Antunes
A Plataforma Tecnológica Europeia para o futuro do Têxtil e Vestuário sugeriu esta segunda-feira ao comissário europeu para a Investigação, Carlos Moedas, a possibilidade de contratualizar com a Comissão Europeia a gestão de um programa de apoio comunitário para as PME deste sector.
Com sede em Bruxelas, esta Plataforma, de que o CITEVE é membro premium, é uma associação privada europeia de que Braz Costa, director-geral do CITEVE, é vice-presidente. No fundo, a Plataforma poderia servir como uma espécie de intermediário na contratualização de programas de apoio para o têxtil, designadamente para as pequenas e médias empresas. De resto, a necessidade de encontrar soluções para as PME se poderem envolver mais nos projectos europeus é uma questão premente, no entendimento de Braz Costa.
A sugestão foi feita no âmbito de uma visita ao CITEVE e ao CeNTI e que está integrada no Roteiro da Ciência, que levou já o comissário europeu para a Investigação à Madeira e a Coimbra. Desta vez, a escolha de Carlos Moedas, que gere 80 mil milhões de euros no Programa Horizonte 2020, recaiu sobre o Minho.
“O comissário Carlos Modas veio conhecer e ouvir sugestões para a melhoria do funcionamento dos programas geridos em Bruxelas, e prometeu analisar de forma interessada as sugestões feitas”, adiantou Braz Costa, que dividiu a visita em três momentos. “O primeiro ponto passou por conhecer aquilo que o CITEVE é e o que faz em termos de investigação e inovação têxtil”, explicou.
“Num segundo momento, a tónica foi sobre a apresentação da Agenda Estratégica Europeia para a Inovação e Investigação para o Têxtil e Vestuário protagonizada pelo conjunto de centros de investigação europeus na área do têxtil, universidades com departamento têxtil e a associação europeia das empresas do setor”. Por último, “abordou-se o CeNTI, as suas áreas de excelência, e o seu contributo para a utilização da nanotecnologia pelas empresas de vários setores, entre os quais as do setor têxtil e vestuário”, sublinhou.
Ainda segundo o director-geral do CITEVE, o encontro serviu também para falar dos vários programas de apoio comunitário – “com particular enfâse no Horizonte 2020” – e da forma como as empresas portuguesas os tem utilizado com o suporte dos dois centros visitados.
Braz Costa revelou ainda que Carlos Moedas ficou a conhecer “o nível de excelência da investigação na área do têxtil da qual o CITEVE e o CeNTI são protagonistas”. O CITEVE dedica-se em exclusivo ao têxtil enquanto o CeNTI se divide entre o têxtil e outros sectores de actividade.