Museu dos Lanifícios à descoberta da Rota da Seda

Das lãs para a seda, o Museu dos Lanifícios abre horizontes na sua mais recente exposição temporária e parte à descoberta da histórica rota da seda. Através de uma sucessão de imagens captadas pelo historiador, fotógrafo e viajante José Luís Santos, o museu da UBI, na Covilhã, revisita um itinerário secular, que serviu de ponte comercial, cultural e diplomática entre a Europa e o extremo Oriente.

“Esta exposição é um registo da condição humana ao longo de milhares de quilómetros que foram ponto de encontro de diferentes povos e culturas, em contraste com o mundo contemporâneo, em que a dificuldade do conhecimento e aceitação do outro é cada vez maior”, explica José Luís Santos, autor da exposição fotográfica em que é retratada toda a rota da seda.

São ao todo treze anos de viagens, reunidos numa selecção de fotografias que registam não só a paisagem mas sobretudo os diferentes povos de cada região. “Não parti em busca do que resta do passado da Rota da Seda, mas das vidas de quem hoje aí habita, do seu dia-a-dia, cultura, dos seus sonhos, ou a visão que têm do Ocidente”, explica o fotógrafo.

Com ponto de partida em Veneza, a terra natal de Marco Polo, José Luís Santos viajou pelo Médio Oriente e pela Ásia Central – com passagem pela Turquia, Líbano, Israel, Palestina, Síria, Irão, Quirguistão e Uzbequistão – até chegar ao seu destino, a China, de onde era originária a seda, tão procurada pelas elites europeias.

Todo este itinerário está resumido na exposição presente no Museu dos Laníficios, no Núcleo da Real Fábrica Veiga, até ao próximo dia 8 de Setembro.