11 março 21
Economia

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Ministro da Economia reuniu com Euratex, ATP e ANIVEC

As associações do setor têxtil e vestuário ATP e ANIVEC e a confederação europeia do setor, a Euratex, reuniram ontem com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a quem deram a conhecer a necessidade de medidas que apoiem as empresas no curto prazo. Apoios de tesouraria, em especial às PME (com dificuldades no acesso a financiamento bancário), a promoção da livre circulação, maior flexibilidade (temporária) na legislação laboral e a dinamização da procura através por exemplo de compras públicas, estão no topo das prioridades.

As associações tiveram oportunidade de discutirem as prioridades do setor no contexto da Estratégia Europeia do Têxtil, uma iniciava da Comissão Europeia importante no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho Europeu. A Euratex especificou o impacto da crise pandémica no sector – considerado um dos mais afetados, apenas com o turismo a ultrapassá-lo – afirmando que as empresas estão a enfrentar graves problemas de liquidez, falta de procura (decido ao encerramento do comércio) e disrupções na cadeia de fornecimento. Para o ano 2020, a Euratex estima uma quebra na atividade de 30% no sector do vestuário e de 15% no setor têxtil, sendo que os primeiros dados de 2021 não são animadores.

Em comunicado, as associações revelam que foram ainda discutidos os interesses estratégicos a médio e longo prazos para o sector têxtil e vestuário europeu: uma efetiva aplicação do ‘level playing field, com maior controlo nas alfândegas, para que produtos importados na Europa cumpram exatamente com os mesmos requisitos dos produzidos pelas empresas europeias, promovendo uma concorrência mais justa; necessidade de promover uma cadeia de valor integrada na região pan-euro-mediterrânica, sendo para isso necessário avançar com a aplicação da Convenção Pan Euro Med; continuar a apostar na inovação e digitalização; promover o desenvolvimento de novas matérias-primas e a economia circular”.

É por outro lado “imperioso continuar a apostar nos programas de formação e educação, modernizando-os e adaptando-os às necessidades das empresas do sector, “para promover e renovar as competências dos trabalhadores e integrar novas competências para dar resposta aos desafios emergentes; e continuar apostar no acesso aos mercados terceiros, promovendo a participação das empresas europeias nos mercados globais”.

O ministro da Economia foi “bastante recetivo aos argumentos apresentados, mostrando interesse em apoiar as prioridades do sector e em continuar este diálogo com as associações”. Siza Vieira afirmou ainda que algumas destas medidas poderão ser apoiadas no contexto dos diferentes programas que estão a ser preparados no âmbito das medidas comunitárias de recuperação da economia ‘Next Generation EU’ como é o caso, em Portugal, do Plano de Recuperação e Resiliência.

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