13 julho 20
Exportações

T

Máscaras e EPI ajudam a recuperar nas exportações

Nos cinco primeiros meses do ano as exportações têxteis recuaram 19% face ao período homólogo, uma quebra que reflete a crise no comércio internacional derivada da pandemia do coronavírus. Mesmo assim as exportações de máscaras e de outro material hospitalar dedicado ao combate à infeção registaram um aumento de quase 48 milhões de euros e estão ajudar a recuperar a queda.

Segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), e tratados pela ATP -Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, os efeitos da pandemia continuam a ter um forte impacto sobre as exportações portuguesas de têxteis e vestuário, com uma quebra de 32% face a maio de 2019.

Em comunicado, a ATP mostra que “considerando o período de janeiro a maio, a queda ascende agora a cerca de 19%, englobando a maioria dos produtos, mas com algumas exceções, como por exemplo as exportações de produtos relacionados com a proteção da Covid-19, em particular as máscaras, incluídas nos artigos têxteis confecionados, os quais registaram um aumento de quase 48 milhões de euros neste período; o mesmo sucedeu com o vestuário de proteção, como por exemplo batas hospitalares, o qual registou um aumento de cerca de cinco milhões de euros”.

Em termos de destinos, as exportações para a União Europeia caíram cerca de 26%, enquanto que para países não comunitários  subiram 14%, notando o documento subscrito pelo presidente da ATP que neste contexto os destinos extra-comunitários “estão neste momento a representar cerca de 25% das exportações”.

Entre os destinos que mais cresceram nestes cinco meses, estão o Chipre (mais 4,6 milhões de euros), a Nicarágua (aumento de 1,8 milhão de euros), a Grécia, Trinidad e Tobago e Cabo Verde.

Em sentido inverso, a Espanha continua a ser o destino que regista maior queda (menos 228 milhões de euros), seguida pelo Reino Unido (menos 26 milhões de euros), a Itália (menos 17 milhões de euros), os Países Baixos (menos 15 milhões de euros), e a França (menos 14 milhões de euros), todos eles considerados os destinos mais importantes para as exportações de têxteis e vestuário.

A Balança Comercial dos Têxteis e Vestuário tem um saldo de 324 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 121%.

Partilhar