06 junho 19
Economia circular

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França quer proibir a destruição de produtos não vendidos

A França – país de onde são originárias algumas das marcas de luxo mais emblemáticas do mundo – está empenhada em acabar com a destruição de produtos não vendidos, que o primeiro-ministro Edouard Philippe considera “uma aberração ecológica” e “um desperdício que choca”. Várias marcas internacionais, principalmente aquelas que atuam nos segmentos de luxo, têm por hábito destruir produtos não vendidos, para manterem a cotação das novas coleções.

Depois de, em 2016, ter proibido que os supermercados deitassem fora a comida que não era vendida, a França quer agora proibir a destruição de todos os artigos novos que não são vendidos, proibição essa que deverá contemplar todo o tipo de artigos – eletrodomésticos, moda, cosmética, assessórios, têxteis, etc.

A medida faz parte de um pacote mais abrangente e ambicioso em torno da chamada economia circular – e enquadra-se numa série de medidas que o governo francês pretende levar a cabo para tornar o país mais atrativo para o investimento externo. Esta opção estratégica pelo investimento vindo de outras geografias levou o presidente Emmanuel Macron a, no ano passado, organizar uma grande conferência internacional de promoção do país enquanto local privilegiado de produção industrial.

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