06 abril 21
Feiras

T

Feiras italianas unem-se e exigem abertura ao público

Os principais salões de moda em Itália exigiram ao governo – agora liderado pelo antigo governador do Banco Central Europeu, Mario Draghi – que avance com as medidas necessárias para o restabelecimento do calendário de feiras presenciais: sob o slogan “precisamos de datas”, os organizadores dos principais desfiles de moda italianos, Pitti, Taste, Milano Unica, Micam Milano, Mipel, Theone Milano, Lineapelle, Date e Homi Fashion & Jewels Exhibition, juntaram-se nesse pedido.

“As feiras são um ativo fundamental para as pequenas e médias empresas do país e para o  ‘made in Italy’ e o seu regresso vai ativar a recuperação económica do país”, indicaram as organizações num comunicado conjunto no qual apelam à ativação das medidas que permitam a organização de feiras compatíveis com a proteção da saúde pública.

“A organização de uma feira internacional, aberta apenas a operadores profissionais, exige muito tempo de planeamento, que não pode ser feito em poucos dias”, justificam os organizadores. “Arriscar prolongar esta fase de incertezas significa comprometer todo o outono”, enfatizam.

Segundo as estatísticas oficiais, as feiras italianas movimentam cerca de 60 mil milhões de euros por ano e os eventos para profissionais são a força motriz das empresas: metade das exportações nascem de contatos vindos da participação presencial nas feiras.

As principais feiras italianas modificaram ou cancelaram as suas datas iniciais no ano passado e todas tiveram de mudar para o formato digital devido à impossibilidade de realizar eventos com público – a persistência do confinamento vai colocar em causa uma das principais indústrias do país.

Partilhar