09 Setembro 19
INE

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Exportações com o melhor mês de Julho desde 2002

Com um crescimento de 3,4%, as exportações de têxteis e vestuário chegaram em Julho aos 531,4 milhões de euros, um valor que já não era atingindo há 17 anos, ou seja desde 2002, segundo os dados agora divulgados pelo INE e tratados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

Destaque, por produtos, para o desempenho das exportações de vestuário e acessórios de tecido (mais 25 milhões e 4,3%), seguindo-se as pastas, feltros e artigos de cordoaria (mais 17 milhões e 10,3%) e os tecidos especiais e tufados (mais 3,8 milhões e  5,7%).

“Ainda assim, números que não compensam os resultados negativos do mês precedente, pelo que os valores acumulados de exportações do setor para o período janeiro a julho são agora de 3.207 milhões de euros, menos 0,9% do que o mesmo período do ano transacto”, sublinha o comunicado assinado por Mário Jorge Machado, presidente da ATP.

Em Junho, recorde-se, as exportações tinham registado uma queda súbita e abrupta de 12,6%, interrompendo um ciclo de crescimento contínuo que durava há mais de 10 anos. Por muitos explicada pelo efeito da acumulação de feriados – que em muitas zonas fez com que empresas e instituições ficassem de portas fechadas quase duas semanas –, a que o regresso ao ritmo crescimento parece dar razão.

Por destinos, em Julho as exportações para o espaço extracomunitário cresceram 5,5%, enquanto para a União Europeia diminuíram 2,3%. O ranking dos destinos com maior crescimento absoluto é liderado pelos EUA (mais 17 milhões de euros e 9%), seguindo-se o Canadá (mais 7 milhões de euros e +25%) e a Índia (mais 5 milhões de euros e +107%). No lado oposto é dentro do espaço da EU que se registam os maiores recuos, liderados pela Espanha (queda de 37 milhões de euros e -3,7%), Alemanha (menos 15 milhões de euros, e -5,2%) e Reino Unido (menos 6 milhões de euros e-2,5%).

A Balança Comercial dos Têxteis e Vestuário nos primeiros sete meses do ano regista um saldo excedentário de 616 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 124%.

 

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