07 maio 21
Economia

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Espanha tem mais de 11 mil milhões do PRR para o têxtil

O sector têxtil e da moda espanhola tem um plano de financiamentos entre 11 e 12 mil milhões de euros de fundos europeus para a estratégia de transformação industrial e comercial do Plano de Recuperação e Resiliência (PPR) do país. Em Portugal, o Governo anunciou 150 milhões para o conjunto de três sectores ligados à moda, onde se inclui o têxtil e vestuário.

O Conselho Intertextil da Espanha (CIE), a Confederação Espanhola da Moda e a Federação Espanhola das Indústrias do Calçado (FICE) lideram o movimento onde estão representadas não apenas as associações sectoriais, mas também as PME e as grandes empresas de toda a cadeia produtiva.

No total, mais de 400 empresas associaram-se à iniciativa que pretende ser uma espécie de renascimento da fileira têxtil espanhola, que responde por mais de 2,8% do PIB (dados de 2019), 4% do mercado de trabalho e 8,9% do total das exportações do país.

Gigantes do sector como a Inditex, Tendam e El Corte Inglés juntaram-se ao projeto – assim como a Textil Santanderina e a Antex, duas das maiores unidades industriais de Espanha – que demorou mais de dois meses a delinear. A sua criação carece ainda de aprovação por parte do governo, que, segundo a imprensa espanhola, terá ainda de o propor à Comissão Europeia.

Sem que os universos sejam totalmente comparáveis, em Portugal o têxtil e vestuário é um dos três sectores-chave incluídos nos projetos de bioeconomia definidos pelo Governo para a área da moda, que vão contar com uma verba de 150 milhões de euros no âmbito do PPR nacional.

“Uma oportunidade única para o setor da moda”, disse na altura o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. O objectivo central é que as empresas passem a produzir com menor consumo de recursos, designadamente de água, e recorrendo crescentemente a matérias-primas recicladas.

A par do têxtil e vestuário, calçado e resinas são os outros sectores abrangidos pelo programa.

 

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