11 junho 19
Estudo

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Contrafação na área da moda representa 635 milhões em Portugal

A contrafação na área do vestuário, acessórios e calçado afecta o mercado português em cerca de 635 milhões de euros por ano, segundo dados coligidos pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), sendo aqueles os três setores que mais contribuem para o flagelo.

“Contrafação: um negócio em que todos perdemos”, foi o tema da conferência organizada pela Câmara de Vila Nova de Famalicão (foto) para assinalar o Dia Mundial Anticontrafação, encontro onde a a startup Monttra apresentou o seu novo sistema tecnológico de combate à contrafação.

Em termos europeus, e segundo o EUIPO,  só nos sectores de vestuário, acessórios e calçado a contrafação acumula um volume de negócios de de 28,4 mil milhões de euros, ou seja, 9,7 % do total das vendas. Quando a conta acrescenta a contração em todos os setores, os números são ainda mais avassaladores: 60 mil milhões de euros por ano (7,4% do total do comércio intra-União) em 11 setores fundamentais da economia comum. Em Portugal, o número global da contrafação ascende a 1,1 mil milhões de euros (9,5% do total).

Considerando que os fabricantes legítimos produzem menos do que o que produziriam se não existisse contrafação, empregando, consequentemente, menos trabalhadores, a análise aponta para uma perda direta de até 468 mil postos de trabalho nestes setores em toda a União.

Esta é a segunda avaliação setorial do impacto económico da contrafação e da pirataria em setores económicos fundamentais reconhecidamente vulneráveis à violação dos direitos de propriedade intelectual divulgada pelo EUIPO. O estudo indica que, desde a primeira análise em 2018, a quantidade de perdas de vendas tenha diminuído a nível da União, exceto em dois dos setores estudados: vestuário, calçado e acessórios; e produtos cosméticos e produtos de cuidados pessoais.

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