11 novembro 19
Comércio Externo

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As exportações têxteis cresceram 2% em setembro

O aumento de 2% verificado em setembro das exportações portuguesas de têxteis e vestuário revelou-se um crescimento ainda insuficiente para as trazer para um terreno positivo. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as exportações da nossa ITV atingiram  os 3,957 milhões de euros, o que representa um descida de 0,9% face ao mesmo período de 2018.

Olhando para os dados divulgados pelo INE e analisados pela ATP um dos factos mais salientes é o crescimento de 8,5% nas vendas para os Estados Unidos, que já têm um peso de 6% no total das nossas exportações têxteis, ficando próximo do Reino Unido (que vale 7%) e da Alemanha (8%), o nosso terceiro maior mercado,  completando um pódio em que os lugares mais altos continuam a ser ocupados pela Espanha (que absorve 31%) e da França (13%).

Ainda é de registar o crescimento de 4,7% nas vendas para destinos não comunitários com os EUA a acusarem o maior aumento absoluto (+19,8 milhões de euros, ou seja, +8,5%). Turquia, Canadá, India, Trinidad e Tobago e Vietname são outros destinos não comunitários que figuram no ranking dos que registaram maior crescimento.

Em termos homólogos, os destinos intra-comunitários registaram uma queda de 2% nos primeiros nove meses do ano,. Espanha e Alemanha foram os destinos com maiores quedas absolutas, respetivamente menos 49 milhões de euros (ou seja, -3,8%) e  menos 16 milhões de euros (equivalente a -4,5%).

Com as importações de têxteis e vestuário a subir (no período verificou-se um aumento de 3,1%, sobretudo devido ao aumento das importações de produtos já acabados, como vestuário e têxteis para o lar, que, respetivamente, registaram um aumento de 6,2% e 5,1%), o saldo da balança comercial do setor, embora ainda bastante positivo, tem vindo a degradar-se. Neste momento, o saldo é de 680 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 121%.

O vestuário de malha foi a categoria que regista maior queda absoluta nas exportações até setembro: menos 45 milhões de euros (queda de 2,7%), seguindo-se as matérias-primas de algodão, incluindo fios e tecidos (menos 12 milhões, queda de 9,8%), face ao mesmo período de 2018.

A contrariar este desempenho, temos as exportações de vestuário em tecido, com um aumento absoluto de 27 milhões de euros (+ 3,8%), seguindo-se as de pastas, feltros e artigos de cordoaria, com um acréscimo de 20 milhões de euros (+10,8%).

Export_Setembro

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