15 setembro 20
Empresas

T

A máquina sobre rodas que pôs a Inarbel fora da crise

Em plena crise da pandemia a Inarbel lançou-se na confeção de equipamentos de proteção e o negócio veio para ficar. Um investimento superior a 400 mil euros para montar uma nova linha de produção que gira em torno de uma máquina que assenta sobre rodas e até já fez nascer uma nova marca: A Skylab, uma aposta na produção para a área médica que já exporta para Espanha, França e Itália e quer conquistar toda a Europa.

É em torno da moderna máquina de corte automático que gira toda a actividade. “É uma máquina sobre rodas que podemos ajustar consoante as necessidades. Em oito horas satisfaz toda a linha, tem sucção, aspiração, corte exato e gestão de rentabilidade e desperdício”, explica o CEO da Inarbel sobre a Vector Fashion iQ50, da Lectra, a maravilha tecnológica que tem dentro de portas.

“Maio foi o mês em que a Inarbel mais facturou desde que existe”, atira em seguida José Armindo Ferraz, para reforçar o seu princípio de acção: “Tínhamos que nos focar na solução, o problema já estava instalado”. E a solução foi avançar de forma decidida para a produção de equipamentos de proteção. Uma reação que permitiu fazer da crise uma oportunidade, continuando a produzir, sem trabalhadores em lay-off, e que rapidamente se tornou aposta de futuro.

Depois de ter começado por fornecer hospitais de várias regiões de Espanha – o desafio inicial, em jeito de apelo, veio de um velho parceiro do país vizinho – passou a fornecer também hospitais e clínicas de Portugal, França e Itália, mas o objectivo é alargar-se para todo o mercado europeu.

A presença na feira Medica, em Dusseldorf, já em Novembro, é encarada como estratégica. “Estamos a desenvolver novos produtos, como batas com revestimento em polioretano, outras em poliéster, que não encolhe, e com capacidade para 40 a 60 lavagens. Também produtos esterilizados e com filamentos de carbono que evitam o efeito da electricidade estática”, desvenda José Armindo, que aposta em conquistar mercados de todo o mundo.

“É um desafio interessante. As feiras fazem-me falta, vou para ganhar e sinto-me como se fosse a primeira vez”, desabafa o CEO da Inarbel.

Partilhar