Noel Ferreira
A vontade de (re)industrializar está aí. A pandemia sacudiu as mentes e eis que os dirigentes europeus deram conta que a Europa limpa, imaculada e a viver apoiada no setor terciário é uma utopia. Temos assistido a uma redução do contributo industrial no produto europeu ao longo dos últimos anos. A indústria desinteressou uma vaga de políticos e houve uma depuração. Ficaram, em abono da verdade, as empresas tecnológicas de alto valor acrescentado. No que respeita à indústria Têxtil, Portugal manteve o produto (após um período mais difícil) mas com mais valor acrescentado. Reduziu a metade o peso relativo das exportações. Foi a debandada para o Extremo Oriente sem esquecer a vizinha Turquia, embora não fosse novidade. Se é para reverter a desindustrialização, como resolver esse novo rumo na secretaria?
Ler MaisHá uns anos atrás, estava num seminário em Guimarães. O palestrante era designer e contou uma experiência muito elucidativa: era expositor em Paris e o stand era muito visitado. Tratava-se de cortiça, setor onde Portugal é líder. Um visitante estava fascinado com o produto e perguntou de onde vinham. “Somos portugueses” ao que a resposta foi “para portugueses, são muito caros” e saiu.
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