16 setembro 21
Comércio

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Zona de Livre Comércio abre oportunidades em África

O arranque oficial da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA) em 2021, que pretende consolidar a longo prazo o maior bloco comercial do mundo em termos de países participantes, ampliará as oportunidades comerciais dentro e fora do continente africano, depois de 36 países terem ratificaram o acordo.

O AfCFTA pretende eliminar as tarifas sobre a maioria dos bens e serviços, liberalizar o comércio de serviços essenciais e abordar os obstáculos não tarifários ao comércio interno. O objetivo final é ter um mercado único com livre circulação de mão-de-obra e capital e, quanto ao comércio de mercadorias, o plano é que nos próximos cinco anos as tarifas aduaneiras se reduzam a zero para 90% das mercadorias.

As tarifas sobre bens sensíveis a 7%, como o têxtil, açúcar e motociclos serão liberalizadas num período mais longo, e estão excluídas 3% das mercadorias.

A aplicação progressiva do AfCTA não só aumentará o comércio inter-regional, que agora apenas representa 17% do total, como apoiará o comércio com o resto do mundo, atrairá investimentos estrangeiros diretos, desenvolverá cadeias de fornecimento regionais e acelerará o crescimento do PIB.

As economias relativamente abertas e diversificadas com vínculos comerciais estabelecidos serão as que mais irão beneficiar com a sua aplicação. Grandes economias abertas como a África do Sul, Marrocos ou Tunísia, mas também a centros de comércio regionais como o Senegal, o Quénia ou a Costa do Marfim, são os que asseguram desde já uma maior exposição ao novo acordo.

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