12 setembro 23
Empresas

Ana Rodrigues

TMR quer aumentar presença no segmento do vestuário técnico

Com um investimento a rondar os 500 mil euros e inserido no PT2020, ‘Hybrid Perfomance’ é o nome do projeto da TMR Fashion Clothing que pretende “diversificar o volume de vendas atual com uma presença mais forte no vestuário mais técnico e de performance e, igualmente, trabalhar num produto de valor mais acrescentado”, afirmou Miguel Máximo, Diretor Financeiro da TMR, ao T Jornal.

A aposta da TMR nos materiais técnicos e de performance já existia, tendo a empresa inaugurado a sua presença na passada edição da ISPO e com bons resultados. Porém, “fazíamos em outsourcing e, agora, com o processo internalizado conseguimos estar presentes nesse mercado de uma forma mais competente”, salientou.

“Dirigida ao desporto mais técnico e com o desenvolvimento de outras peças 100% desporto para ambientes mais adversos ou para níveis de exigências diferentes”, a TMR tem agora uma nova linha que consegue responder aos clientes que já tem nesse segmento: “isso leva-nos a pensar que vamos aumentar a nossa faturação e as nossas vendas para esse tipo de marcas ou para esse tipo de produtos”, esclareceu. Além disso, a Diretora Comercial, Mariana Máximo não esconde a ambição de chegar a outras geografias, nomeadamente os EUA ou o Canadá, “países onde o outdoor é muito forte”.

Através da aquisição de diversas máquinas, nomeadamente de corte, como a de corte folha-a-folha, “é possível também tornar mais rápido e eficiente o processo de prototipagem, que é, pela tecnicidade do produto, mais volumosa que no produto de moda mais tradicional”. Por seu turno, a prensa quente-frio – também parte deste investimento – “permite garantir a temperatura e qualidade necessárias ao processo que se usa termocolagens”, explicou a CEO, Margarida Máximo.

Esta nova maquinaria não se esquece, também, de responder a uma nova tendência: a moda tradicional utiliza, cada vez mais, materiais mais técnicos e de performance. Assim, a nova linha pode similarmente ser utilizada “para dar alguns toques estéticos e funcionais a peças de moda – não sendo isolada para o desporto”.

“Na roupa é, agora, procurado mais conforto e, portanto, um blazer tradicional já tem elastane, por exemplo. Neste projeto, também adquirimos uma máquina para relaxar malhas com elastane e, assim, garantir uma qualidade (uma melhor estabilização dimensional da malha) para o corte. Mais ainda, nesses blazers, os bolsos já são em termocolagem”, exemplificou a CEO.

O projeto, que permite desenvolver coleções mais técnicas, pretende ser algo híbrido, isto é, “não é só para peças de desporto, mas sim para fundir um pouco as coisas que são o nosso ADN: a moda, com o desporto e com a performance. É incorporar estas mais-valias no que melhor fazemos”, conclui a Diretora Comercial. Para breve, está marcada a aventura na Perfomance Days em Munich.

TMR-Perfomance960

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