Ana Rodrigues
A Smartex, a tecnológica que combate o desperdício na indústria têxtil com inteligência artificial, prepara-se para solicitar mais uma ronda de investimento, desta vez da série B, com o qual, apesar do contexto macroeconómico, pretende alavancar novas fontes de negócio, sempre na área tecnológica.
A mais recente ronda de investimentos da Smartex foi anunciada no início de novembro de 2022: uma série A que permitiu levantar 24,7 milhões de dólares e foi liderada pela sociedade de capital de risco Lightspeed Venture Partners, dos EUA, e pelo estúdio Build Collective de Tony Fadell.
A injeção de capital permitiu um fôlego “superior a 24 meses”, referiu Paulo Ribeiro, um dos fundadores da Smartex, ao jornal ECO. Apesar de um período prolongado de runway “está nos nossos planos, algures em 2024, fazer uma nova ronda de investimento, de capital privado. Provavelmente, uma série B“, acrescentou.
A empresa mudou-se há um mês e meio para um novo escritório na zona empresarial do Porto, um antigo armazém com 1.400 metros quadrados, deixando de estar dividida em três espaços do UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto), estando também na Turquia, instalada num escritório num cowork na cidade de Istambul, depois de no início do ano ter comprado uma empresa de inteligência artificial naquele mercado.
A Smartex surgiu em 2019 e já conta com mais de 100 clientes em 14 mercados. Portugal, Itália, Turquia, Uzbequistão, Bangladesh, Egito, Brasil, Tailândia, Paquistão e Indonésia são os principais países já conquistados pela solução que recorre a câmaras para a captação de imagens dos tecidos, assim que saem dos teares. A tecnológica garante estar preparada para os novos regulamentos da União Europeia nesta área, defendendo a proposta.