25 julho 23
Moda

Ana Rodrigues

Sector de luxo irá crescer até 11% em 2023

Depois do fim da pandemia, o sector global de artigos de luxo continua resiliente e crescerá entre 7% e 11% em 2023. O cenário mais otimista contempla a resiliência do consumidor americano e uma forte recuperação do mercado de luxo na China.

Os dados são do último relatório do Boston Consulting Group e Altagamma que refere que num cenário mais cauteloso em ambos os mercados será possível crescimento entre 7% e 9%. Este crescimento compreende a recuperação técnica na China após o fim das restrições e o retorno lento aos gastos internacionais dos consumidores chineses.

Já a confiança nos consumidores dos mercados ocidentais é mais modesta mas, ainda assim, as conclusões apontam para a resistência dos ‘verdadeiros consumidores de luxo’, isto é, aqueles que gastam mais de 39 mil euros por ano em artigos de luxo.

O relatório revela ainda uma redefinição do mapa global do luxo: em primeiro lugar pela mudança de cenário na China, onde se prevê um crescimento entre 15 e 20% em 2023, marcado pela diversificação da base de clientes, aumento do ecossistema e mais necessidade local.

Por seu turno, o Médio Oriente continua a ser uma grande oportunidade, uma vez que o mercado de luxo pessoal na região está estimando em 15.000 milhões de euros em 2022 e atingirá um valor entre 30.000 milhões e 35.000 milhões de euros este ano, com os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita na liderança.

Este relatório permitiu também conhecer as mudanças nos consumidores, nomeadamente a necessidade de melhorar a experiência online e avançar na sustentabilidade e atrair novas gerações, bem como o potencial da inteligência artificial generativa ou a web3 e o metaverso.

O estudo foi elaborado a partir de um inquérito a mais de 12.000 clientes com um gasto médio anual em artigos de luxo superior a 39.000 euros por ano. A amostra inclui clientes dos doze países que mais gastam: Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Brasil, China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

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