16 fevereiro 22
Sustentabilidade

Cláudia Azevedo Lopes

Quer provar que é sustentável? A Rastratech ajuda-o

É um verdadeiro passaporte técnico digital de cada produto têxtil que a aplicação Rastratech promete oferecer aos players do sector. A aplicação foi apresentada esta manhã nas MODTISSIMO Talks e quer ajudar marcas e empresas a dar provas da sustentabilidade dos seus produtos juntos de clientes e consumidores. Uma tecnologia que faz o rastreamento responsável e isento da produção, desde o cultivo do fio até ao transporte final do produto, ajudando a que o consumidor saiba que não está a comprar gato por lebre.

Tudo começa com uma plataforma, onde tanto produtores como marcas se podem registar. Os produtores oferecem os seus serviços e registam todos os aspetos da sua atividade produtiva: quais os processos que utilizam, que equipamentos e máquinas têm dentro de portas, quem são os seus trabalhadores, que certificações têm e se já têm implementados processos sustentáveis como a poupança de água ou energia.

Já as marcas registam pedidos de encomendas e escolhem os produtores com quem querem trabalhar, que podem até ainda não estar inscritos na plataforma. “Uma marca apresenta a sua encomenda e pode escolher dentro dos fornecedores inscritos – e mediante as características de cada um – com quem quer trabalhar. Mas também pode já ter um fornecedor ou produtor em mente que ainda não esteja na plataforma e com quem queira trabalhar. Nesse caso, pode juntá-lo ao seu plano pessoal e nós encarregamo-nos de todas as diligências do registo: falamos com a fábrica ou produtor de tecidos e recolhemos junto deles todas as informações necessárias”, explica Vanessa Spiess, criadora da Rastratech, plataforma que nasceu no Brasil e em parceria com a MaSo Studio e está agora a migrar para Portugal e para o resto da Europa.

Fica ao critério de cada produtor decidir que dados inserir na plataforma e, uma vez o processo de produção completo, a marca pode passar toda a informação acerca da mesma ao consumidor, através de um QR Code que condensa todos os dados. Este pode ser fornecido das mais variadas formas, seja pela tradicionais etiquetas ou até com vídeos e outras iniciativas.

“Temos um cliente no Brasil que fez um vídeo de dança interpretativa que descreve todo o processo de produção e apresenta o QR Code no fim para que o consumidor possa pesquisar ainda mais sobre o ADN daquele produto”, revela Tomás Soeiro, Co-fundador da MaSo Studio.

“A indústria têxtil portuguesa está no bom caminho no que diz respeito à sustentabilidade mas esta plataforma pode potenciar ainda mais esta tendência, e é isso que este passaporte técnico digital do produto – que tem de facto uma identidade própria – pode fazer. Estamos a dar identidade e humanidade aos produtos e, consequentemente, às marcas”, remata.

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