08 fevereiro 22
Feiras

Mariana D'Orey

PV Paris arranca com boas perspetivas para os portugueses

Já arrancou mais uma edição da Première Vision Paris, que leva até quinta-feira meia centena de empresas portuguesas a Nord VillePinte, na capital francesa. Com uma disposição mais ampla e um espaço maior do que a edição de setembro de 2021, o reputado certame acordou vagaroso mas ganhou vigor ao longo da manhã.

Menos movimento nos corredores à custa de um problema nos transportes públicos que acedem à feira, mas o habitual entusiasmo marcou a primeira manhã da PV Paris, considerada uma feira de referência internacional. Como é já habitual, a indústria portuguesa faz-se representar por mais de cinquenta empresas, entusiasmadas com as perspetivas dos próximos dias.

É o caso da Brito & Miranda que, considerando ser ainda “cedo para falar”, admite que as primeiras horas da feira estão a superar as expectativas. “O ambiente geral até está melhor do que eu esperava, com os constrangimentos que ainda existem, e por isso estamos otimistas”, diz António Abreu, comercial para o mercado externo da empresa especializada em malhas tricotadas.

Peso pesado nas participações internacionais, a Somelos, que em 2022 participou já com bons resultados em certames como Milão e Estocolmo, acredita que o mercado está agora “mais aberto”. “A edição de setembro correu muito bem e por isso acreditamos que agora que o mercado está mais aberto correrá igualmente bem”, considera Paulo Melo que lamenta, no entanto, a participação massiva do mercado turco na PV Paris.

De regresso depois de um interregno de cerca de dois anos, está a Trifitrofa que, numa primeira impressão, defende que apesar do pouco movimento das primeiras horas a PV Paris ainda pode trazer “muitos e bons frutos”, nas palavras de Hélder Rosado, comercial para o mercado externo da empresa.

Para além dos stands individuais das mais de cinquenta empresas lusas, Portugal faz-se ainda representar no Fórum Tendências From Portugal e no Fórum iTechStyle Green Circle. O primeiro, este ano subordinado ao tema eco-responsability, apresenta uma “visão geral do que se tem feito em Portugal ao nível da sustentabilidade, inovação moda”, explica Teresa Pereira, curadora do fórum que esta manhã, como é já habitual, mereceu muitas visitas e elogios de compradores das mais diversas nacionalidades.

Igualmente apreciado pelos visitantes, o Fórum iTechStyle Green Circle Showcase, co-organizado pelo CITEVE e a Associação Selectiva Moda, leva até Paris 18 coordenados desenvolvidos a partir de produtos de empresas presentes no certame. “Este ano criámos um conceito de casulo que convida os visitantes a entrar e a respeitar o futuro”, narra Paulo Gomes, curador do showcase.

Para além da sustentabilidade, que integra o ADN deste projeto, nesta edição também a diversidade tem um papel preponderante: “ apresentamos diferentes silhuetas e soluções têxteis inovadoras que não se repetem por forma a ampliar e dar a conhecer a diversidade que existe em Portugal”, remata.

A Sampaio & Filhos SA, A Têxtil Serzedelo, Albano Morgado, Acatel, Anbievolution, Brito Knitting, Burel Factory, Casa da Malha, Crispim Abreu, Familitex, Fitecom, Happy Probability, Joaps, Lemar, LMA, Le Europe/La Estampa, Luís Azevedo & Filhos, Lurdes Sampaio SA, Magma Têxtil, Modelmalhas, NGS Malhas, RDD, Sidónios Knitwear, Tintex, Trimalhas, Troficolor, Clariause, MAF/Filasa, Trifitrofa, Siena, Lima & Companhia, TMR Fashion Clothing são as empresas lusas da comitiva FROM PORTUGAL, às quais se juntam ainda as portuguesas Adalberto Estampados, Paulo de Oliveira, Penteadora, Riopele, Tessimax, Somelos Tecidos, TMG, JFA, Tearfil e LRT  que de terça a quinta-feira evidenciarão a qualidade lusa em território francês.

A participação das empresas portuguesas PME na PV Paris é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto “From Portugal” é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização e de Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa, tendo um montante de apoio elegível de 6.648.794,78 €, dos quais 3.735.305,80 € são provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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