Mariana D'Orey
Produtos “extraordinariamente personalizados e com muito detalhe à mão” são as estrelas da Paula Borges. Posicionada no segmento premium, a empresa de confecção, que trabalha com as mais reputadas marcas de moda internacionais, tem conseguido contornar a instabilidade global.
Entusiasmada por marcar presença em mais uma edição do MODTISSIMO que, defende Paulo Faria, diretor comercial, “é a única feira de referência do setor no mercado ibérico”, a Paula Borges apresenta propostas de vestuário feminino premium.
“Hoje o cliente quer uma produção de 80, 60 ou 20 peças mas extraordinariamente personalizadas, com muito detalhe à mão” explica Paulo Faria que há cerca de oito anos decidiu reforçar este segmento dentro da empresa.
“Foi a melhor decisão que tomamos”, prossegue ao defender que “as produção massificadas de baixo custo têm os dias contados em Portugal ou então os preços vão ser ainda mais esmagados”. A trabalhar com as mais reputadas marcas de moda europeias e norte-americanas (e também com expressão no Japão e na Colômbia) a Paula Borges é descrita pelos seus clientes como um atelier industrial.
“Na verdade já somos 100 pessoas entre as duas unidades, entre Baião e a Maia mas temos na empresa células que trabalham exclusivamente este tipo de produto com todo o detalhe. Os clientes valorizam o feito à mão em Portugal e fazem questão de referir isso nas etiquetas”, acrescenta o diretor comercial da empresa.
Para além das grandes marcas a Paula Borges tem também aberto caminho a uma nova realidade: as marcas de moda que são criadas por influencers internacionais. “Estamos por exemplo a trabalhar para a marca da mulher de um jogador de futebol inglês e outro alemão da primeira liga. É uma vertente com enorme potencial”, afirma.
O desafio, conta, é “encontrar mão de obra qualificada” e é por isso que a Paula Borges está já a integrar colaboradores imigrados. “É um desafio mas vamos superá-lo”, está no nosso ADN conclui.