27 setembro 22
Comércio

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Online atingirá 52% das vendas de moda na Europa em 2028

Após o grande salto registado durante a pandemia e posteriormente moderado pela abertura das lojas no pós-pandemia, o comércio nos canais online responderá por mais da metade das vendas, concretamente 52%, de vestuário e moda na Europa em 2028, segundo dados do Credit Suisse.

O histórico do crescimento deste canal de vendas impressiona: era de 22% em 2018, antes dos efeitos da pandemia, e cresceu para os 38% (estimativa daquela entidade bancária no final de 2023). Ou seja, os 52% a que eventualmente chegarão as vendas online em 2028 resultam no aumento para mais do dobro das vendas há apenas quatro anos.

Segundo os mesmos dados, o aumento será motivado por dois fatores. Em primeiro lugar, pela maior penetração online das marcas do comércio tradicional, que no ano em vista gerarão 40% das suas vendas pela Internet (que comparam com os atuais 30% em média). Em alguns casos, como nas marcas de moda desportiva, o comércio eletrónico já contribuirá com 50% das vendas em 2028.

Em segundo lugar, surge o aumento da participação de players multimarcas puros, como a Zalando, a Asos ou a Farfetch, que responderão por 18% do mercado total de moda em 2028, face aos 5% em 2018 e aos 9% previstos para 2023.

O Credit Suisse afirma ainda que o crescimento deste tipo específico de operadoras também terá outra consequência: a distribuição de moda não será apenas mais digital, mas também mais multimarca. A distribuição multimarcas responderá por 35% das vendas de moda em seis anos, o que representa um salto de cinco pontos em relação às previsões para 2023.

O que o Credit Suisse não terá incorporado na análise é o previsível aumento dos custos logísticos associados às vendas online – com os operadores a ponderarem seriamente reverter para os clientes vários custos que neste momento são ainda suportados por quem está a montante do consumidor final. O impacto desse aumento ainda não está, com certeza, mensurado.

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