26 junho 23
Economia

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Isabel Furtado: é preciso ter uma ambição para Portugal

Para Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, “é extremamente importante que as pessoas olhem para o que queremos fazer e qual a nossa ambição para Portugal”. Só depois de cumprida essa necessidade prévia é que será possível convocar e alinhar todo o talento que o país foi gerando.

A empresária refere ainda, em declarações ao JN, que a criação desse ambiente de ambição não pode confinar-se ao espartilho de uma visão a quatro anos – referindo-se com certeza à sucessão de períodos eleitorais. É preciso uma estratégia a longo prazo e “não a quatro anos”: “tem de se pensar o que se quer, estrategicamente, para a próxima geração. Pensar ao estilo empresa familiar, que está aqui para a próxima geração”, refere.

A ex-presidente da COTEC Portugal – lugar que ‘cedeu’ a António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim – refere ainda que este seria o ambiente propício para que os lideres das empresas realizassem com método e com eficácia as suas funções.

O maior contributo de um bom líder “é ser capaz de atrair e reter talento” – uma forma também de dar resposta a um dos temas centrais da economia portuguesa: a escassez de recursos humanos, ou mais propriamente a facilidade com que a economia portuguesa perde recursos em que, do ponto de vista do ensino e formação, tanto investiu.

Mas Isabel Furtado envia uma parte das responsabilidades para o topo da hierarquia do Estado: “se não tivermos confiança em quem nos lidera, não sabemos por onde ir”. Um problema que claramente não existe na empresa que dirige.

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