António Moreira Gonçalves
Um novo nome e logótipo para um novo segmento de mercado. A Inarbel, grupo têxtil de Marco de Canaveses , está a introduzir no mercado a marca Skylab, que concretiza uma aposta de futuro no sector da saúde. Durante a pandemia, a empresa adaptou-se à produção de equipamentos de proteção, tendo investido 400 mil euros numa nova linha de produção e está agora focada em avançar neste segmento de mercado.
“Estamos prontos e já mostramos que o sabemos fazer para produzir tudo o que os hospitais precisam, como batas, cobre-botas, túnicas, calças e outros produtos similares. Criamos uma unidade própria a que corresponde esta nova marca”, explica José Armindo Ferraz, CEO do grupo Inarbel, que está já a apresentar a Skylab a um conjunto de clientes selecionados – sobretudo hospitais e clínicas – enquanto está a ser desenvolvida uma nova plataforma online.
Durante a pandemia, a empresa – que é também detentora das marcas de moda infantil A&J e Dr. Kid – reagiu à quebra das encomendas com a produção de equipamentos de protecção individual (EPI) para profissionais de saúde. Com uma equipa de 240 trabalhadores, a Inarbel manteve atividade quase ininterrupta, chegando a produzir entre 60 a 70 mil batas por semana. Mais de 90% dessa produção foi exportada para Espanha e França.
A adaptação permitiu à empresa criar um novo pilar no seu negócio, que se veio a cimentar com um investimento na ordem dos 400 mil euros, em novos equipamentos e na autonomização de uma linha de produção, que aloca cerca de 40 colaboradores da empresa. “Para além da marca Skylab, temos também a capacidade de fazer um serviço personalizado, com o logótipo e o design do cliente”, explica o responsável da empresa.
Esta nova unidade da Inarbel estará sobretudo focada em vestuário 100% algodão, já certificado pelo CITEVE para a utilização em ciclos de várias lavagens. “Os reutilizáveis dão grandes vantagens e gostaríamos que em Portugal existisse uma maior aposta nestes materiais, para substituir os descartáveis, porque compensam o investimento e são melhores para o ambiente. Na nossa produção garantimos a qualidade e a protecção, mas em Portugal ainda não se privilegia a produção portuguesa”, lamenta José Armindo Ferraz.
