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O foco das políticas económicas do Governo nas exportações – um dos pilares do desenvolvimento na última década – faz com que um dos pontos importantes para o futuro seja o aumento das trocas comerciais com países fora União Europeia. Com destaque para os têxteis, o objetivo é não só aumentar as exportações como também diversificar mercados.
“Temos vindo a promover junto não só da União Europeia mas em países terceiros políticas que contribuam para o crescimento das exportações para fora da União Europeia”, disse o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, em audiência parlamentar durante a manhã desta terça-feira, referindo-se particularmente a alguns sectores da atividade entre eles o têxtil.
“Temos vindo a tentar incorporar na dimensão da política industrial da União Europeia uma aproximação ao Sistema de Preferências Generalizadas (SPG) e o impacto que isso tem na política comercial para ter um equilíbrio no quadro competitivo”, afirmou, para nomear o exemplo mais recente da Índia.
O SPG tem a dupla função de aumentar as exportações e de ‘impor’ nos países terceiros boas- práticas nas áreas da proteção do ambiente e dos direitos humanos, “pilares fundamentais do desenvolvimento de uma política de concorrência” saudável. Recorde-se que a ausência destas práticas é um fator de concorrência desleal em relação às indústrias nacionais, com especial foco no sector têxtil, que vê produtos de qualidade duvidosa produzidos em condições ainda mais duvidosas a ganhar espaço nos mercados internacionais.
Os SPG, e há vários, são fundamentais para equilibrar aquilo que é a política de cooperação e desenvolvimento do União Europeia”, concluiu Eurico Brilhante Dias.