19 fevereiro 19
Confecções

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FLM diversifica da moda íntima gay para os fatos de banho

A FLM Têxteis está a diversificar a produção da moda interior masculina para os fatos de banho e de desporto, aproveitando a versatilidade do seu parque de máquinas de costura – anuncia Filipe Marinho, o fundador e CEO desta empresa de confecções baseada em Brito, Guimarães.

O ioga e e roupa mais técnica para desporto são as novas apostas da FLM, que prevê fechar o ano com um volume de negócios de 1,35 milhões de euros e em velocidade cruzeiro deverá atingir os cinco milhões de euros.

“Especializamo-nos na produção de moda íntima para o segmento gay, um nicho de mercado muito interessante particularmente exigente, de trend setters, com muita sensibilidade para as questões de moda”, conta Filipe.

A empresa, que planeia ampliar ainda este ano o seu parque de máquinas, conta com uma equipa multidisciplinar de 22 pessoas, que se encarrega do design e todo o desenvolvimento do produto,

A FLM trabalha em regime de private label, apresentando-se como uma empresa que tem uma plataforma de soluções têxteis com uma amplitude de 360 graus, que põe ao serviço das marcas dos seus clientes.

O primeiro emprego de Filipe Marinho foi a vender toalhas, no departamento comercial  da fábrica do Castanheiro, rentabilizando assim a fluência em inglês adquirida no curso do Instituto Britânico, feito em Guimarães.

Mas o empreendedorismo que fazia parte da sua herança genética (o pai tinha um negócio na industria vidraceira) acabou por falar mais alto e não tardou a vermo-lo estabelecido como agente de representação de bordados e materiais para a indústria de lingerie.

O mergulho na moda intima fez dele visita frequente das feiras da especialidade, como a SIL (produto acabado) e a Interfilière (materiais), em Paris e Lyon, até que conheceu os catalães da ES Collection, que confeccionavam em Portugal as suas coleções de roupa interior e de fatos de banho, com bastante saída no segmento gay. Foi o início de uma bela amizade.

No início da década, Filipe abandonou as representações e passou a assumir a responsabilidade pela produção – comprava as matérias primas e subcontratava e controlava as operações de corte e confecção.

Aos poucos, foi somando outros clientes à ES Collection, e tudo corria às mil maravilhas até que começou a enfrentar um problema de difícil resolução. “Comecei a sentir uma enorme dificuldade em contratar pequenas quantidades e produtos de nicho”, explica o empresário que foi buscar três consoantes do seu nome para a razão social da empresa.

Filipe sabe que nem sempre o sol brilha –  também há dias em que a chuva cai. Mas sabe também que os problemas são para se resolver – e não para apenas os contemplar e equacionar.

“Percebi que tinha de ter produção. Ser só comercial não chegava”, conclui o fundador da FLM que há cerca de um ano assumiu o controlo de uma fábrica de confecções em Guimarães investindo cerca de 100 mil euros no seu reequipamento, em particular em maquinaria de sublimação e design gráfico para a área desportiva.

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