01 Março 2018
Indústria

José Augusto Moreira

Famalicão é a cidade têxtil

Famalicão vive e respira com o têxtil e o município quer que isso seja a imagem e marca do seu concelho. Além da criação de um logótipo com essa referência, a Câmara Municipal lançou também um programa para valorizar e reforçar a imagem do sector. Um plano de acção para “o empoderamento das empresas e das pessoas da indústria têxtil”, como explicou o presidente da câmara, Paulo Cunha.

A par do apoio às empresas na sua instalação e actividade, o município vai também incentivar e apoiar as mais pequenas a participarem em feiras e mostras internacionais. Quanto às pessoas, o projecto passa por relevar valorizar a imagem do trabalho na ITV e ao mesmo tempo promover acções de qualificação, formação e valorização profissional, enquanto na vertente cidade a ideia passa por criar símbolos e marcas no tecidos urbano que contribuam para afirmar a imagem de Famalicão como cidade têxtil.

O palno foi apresentado pelo autarca durante a cerimónia de atribuição dos iTechStyle Awords, uma iniciativa do CITEVE, que é uma das instituições mais relevantes do sector sedeadas em Famalicão. E esse é, precisamente um dos aspectos destacados pelo autarca. “O sector têxtil e vestuário tem aqui a grande força do seu desenvolvimento. Em Vila Nova de Famalicão, pela sua impar dinâmica industrial, o têxtil emancipou-se. Destacam-se grandes marcas, grandes empresas produtoras e conceituadas infraestruturas tecnológicas e de inovação”, frisou o autarca.

Paulo Cunha aludiu também “à força e influência da indústria têxtil na vida e na história do concelho”, e lembrou o papel percursor que tiveram no sector empresas como  a Sampaio & Ferreira, em Riba d’Ave, e a Fábrica do Caiado, em Pedome, ainda no século XIX. E nem só pelos números – “que são impressionantes” – Famalicão se afirma como Cidade Têxtil.

“É pela sua identidade industrial; pelas suas empresas, sofisticadas e brilhantes; pelos seus empresários, arrojados e com visão estratégica; pelos seus trabalhadores, competentes e qualificados. Mas ainda pelo CITEVE e pelo CeNTI, pelo Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (sedeada na cidade), pelo Cluster Têxtil”, enumera plano apresentado pelo presidente da câmara que destaca ainda “o enorme contributo da ITV famalicense para a economia nacional”.

Quanto aos números, falam por si: 813 empresas; 11.093 trabalhadores; 770 milhões de euros em volume de negócios; 236 milhões de euros de valor acrescentado bruto; e 459 milhões de euros em exportações.

Todos os factores somados, Paulo Cunha concluiu que “o que aconteceu [com a crise de] há 20 anos não foi estrutural, foi conjuntural. E agora o nosso empenho é criar estrutura para preparar futuras conjunturas adversas”

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