15 maio 20
Máscaras

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Fabrico nacional já fornece o Estado a preços mais baixos

Portugal está a comprar sobretudo através das empresas nacionais, com prazos mais curtos, melhores condições e a conseguir máscaras a preços mais baixos que os negociados pela UE. O Ministério da Saúde diz que ainda só adquiriu 250 mil máscaras através dos concursos públicos internacionais organizados pela Comissão Europeia.

A notícia que fazia a manchete da edição desta quinta-feira do jornal Público destaca que “Portugal comprou 75 milhões de máscaras a preços mais baixos que os negociados pela EU” em resultado das contratações por ajuste direto que tem feito através de empresas nacionais. São citados especificamente os contratos celebrados com fabricantes como a Cloth Up, Bastos Viegas, Oasipor ou Raclac.

A Cloth UP, com sede em Guimarães, e a Oasipor, instalada na Trofa, foram das primeiras empresas a obter a certificação do CITEVE para os seus produtos e equipamentos de protecção, conforme consta das listas que o centro tecnológico mantém publicas.

Com sede em Penafiel, a Bastos Viegas é há décadas um tradicional fornecedor do Ministério da Saúde e referência a nível mundial na área dos dispositivos médicos, enquanto a Raclac acaba de investir 23 milhões na fábrica de Famalicão para produzir diariamente 2,3 milhões de luvas descartáveis. Além disso, associou-se a cerca de 30 confeções da região para produzir equipamentos de proteção para o Sistema Nacional de Saúde.

Recorde-se que a decisão da UE de centralizar as encomendas de equipamentos e proteção para os sistemas de saúde dos vários países surgiu na sequência da concorrência desenfreada que fez disparar os preços do fornecimento asiático, com o objectivo de criar escala e disciplinar a procura. Com as encomendas a fornecedores nacionais, Portugal não só tem conseguido contornar essa especulação como também evitar os problemas com materiais defeituosos ou falsificados.

Ainda ontem, dia 14 de Maio, a Comissão Europeia anunciou a suspensão da entrega de 10 milhões de máscaras de proteção individual de fabrico chinês aos Estados-membros e ao Reino Unido, após dois países se terem queixado da má qualidade dos equipamentos.

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