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As exportações têxteis registaram um arranque de ano positivo, num horizonte em que as nuvens vindas da China pelos efeitos do Covid-19 se adensam sobre o sector. Em Janeiro, as exportações de têxteis e vestuário aumentaram quase 3% em termos homólogos, atingindo os 456 milhões de euros.
Os dados agora publicados pelo INE e tratados pela ATP mostram que em janeiro as exportações de matérias-primas têxteis aumentaram 1,4%, as de vestuário 3,1% e as de têxteis-lar e outros produtos têxteis confecionados 3,3%.
Por destinos, os que registaram melhores desempenhos foram a França (acréscimo de cerca de 5 milhões de euros, ou seja, +8,2%), a Suécia (aumento de 2,5 milhões de euros, correspondendo a +21,3%) e a Alemanha (mais 2,3 milhões de euros, isto é, +5,4%). Em sentido inverso, Espanha segue a tendência de 2019 e regista o pior desempenho: menos 2,5 milhões de euros (-2%). As exportações para o país vizinho representam agora pouco mais do que 1/4 das exportações totais do setor.
E se as exportações cresceram em Janeiro, a nota subscrita pelo presidente da ATP, Mário Jorge Machado, sublinha também que os números mostram igualmente que já se fazem sentir no sector os efeitos do Covid-19.
“As importações neste mês caíram quase 6%, perfazendo um valor de 386 milhões de euros, tendo afetado todo o tipo de produtos, desde matérias-primas a produtos acabados. No entanto, as matérias-primas foram as mais afetadas, tendo diminuído quase 12% (-19 milhões de euros). É o início dos efeitos COVID-19”, explica a nota da ATP, notando que as importações da China caíram quase 12% (menos 4,5 milhões de euros).
O saldo da balança comercial dos têxteis e vestuário ficou em 70 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 118%.