23 dezembro 21
Investigação

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Estudo conclui que máscaras podem e devem ser reutilizadas

Especialistas da Universidade de Coimbra, que trabalharam em colaboração com o CITEVE e outros organismos, demonstraram que as máscaras contra a Covid-19 podem e devem ser reutilizadas. É a forma de fazer face ao problema ambiental causado pela utilização massiva de dispositivos de proteção individual.

“O que pode levar a reutilizar é já uma preocupação ambiental que é premente, porque estamos a tratar tudo como lixo comum e a existência frequente de aparelhos de proteção respiratória em ruas e passeios constitui um risco para a saúde pública”, diz o investigador Marco Reis, do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

A investigação abrangeu três tipos de máscaras – cirúrgicas, sociais e as chamadas KN95 ou FFP2 – tendo testado três métodos de descontaminação “que revelaram uma eficácia de praticamente 100%, permitindo vários ciclos de reutilização”, afirma a Universidade de Coimbra.

Os três métodos alvo do estudo foram a lavagem das máscaras com uma solução de hipoclorito de sódio diluído (a vulgar lixívia), nebulização com peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e esterilização por vapor de água em micro-ondas.

Para as famílias, a lavagem com uma solução de hipoclorito de sódio e a esterilização a vapor em micro-ondas são as soluções com maior potencial. Já a nebulização com peróxido de hidrogénio, embora simples, requer a aquisição do nebulizador e de uma câmara.

“Os resultados do estudo revelaram uma eficácia de praticamente 100% na descontaminação dos três tipos de máscaras experimentadas”, sublinha um comunicado oficial da equipa de investigação.

Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o estudo teve o envolvimento do Centro de Investigação do Departamento de Engenharia Química (CIEPQPF) da Universidade de Coimbra e a colaboração do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).

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