09 fevereiro 23
Exportações

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Estados Unidos precisam de novos países fornecedores

Os Estados Unidos substituíram a China por países do sudeste asiático como fonte privilegiada do fornecimento das necessidades do sector têxtil e da moda – movimento que iniciaram em 2015 e teve o seu auge em 2021, segundo um relatório da McKinsey Global Institute. Mas, sem mais explicações, os números não dizem tudo.

Como o próprio relatório indica, a transferência das compras norte-americanas da China para países como o Vietname, Laos ou Bangladesh não resulta numa verdadeira diversificação, uma vez que uma parte da indústria têxtil destes países terceiros está nas mãos de empresas chinesas ou com elas trabalham preferencialmente. Ou seja, os problemas que as empresas norte-americanas anteciparam com a China vão acabar por suceder nos países alternativos do sudeste asiático

O potencial de interesse para as empresas do sector têxtil português parecem evidentes, como aliás têm dito vários empresários e o próprio presidente da ATP, Mário Jorge Machado.

A McKinsey refere que a economia dos Estados Unidos foi a única grande potência mundial a diversificar o mercado de fornecimento de têxteis e moda, com uma queda de 10% na concentração dos seus mercados fornecedores. Foi inclusivamente, reforça a consultora, o único sector que reduziu a sua concentração no mercado chinês.

De acordo com o estudo, nos últimos cinco anos as economias não diversificaram as origens de suas importações, aumentando a vulnerabilidade de sua cadeia de abastecimento: 40% dos países dependiam de três ou menos nações para importar os seus produtos.

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