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O recurso a lenha, como alternativa ao gás, é o Ovo de Colombo que a A.Ferreira & Filhos está a ponderar para fazer face ao brutal aumento dos custos energéticos. “A nossa conta do gás era de 2 500 euros/mês. Agora vai mais que triplicar, atingindo os oito mil euros/mês”, explica Noel Ferreira, administrador desta empresa de malhas que reparte a sua atividade pela moda infantil (que produz e comercializa com a marca Wedoble) e o homewear (mantas e almofadas no seu essencial).
A energia produzida pelos painéis solares é a alternativa da empresa à energia elétrica, mas no que toca a fonte de calor está dependente do gás. “Estamos a estudar a adaptação de uma das nossas duas caldeiras à alimentação por pelotes”, revela Noel Ferreira.
Esta solução expedita para cortar o nó górdio do disparar dos preços da energia, deverá permitir-lhe poupanças não negligenciáveis neste capítulo, que, todavia, não é decisivo para a vida da empresa.
“Felizmente, o peso da energia nos nossos custos não é muito elevado. Subirem dos 2% para os 4% é brutal, mas não afecta de forma significativa a nossa competitividade. Os dois maiores custos são a matéria-prima e o pessoal”, remata Noel Ferreira.
Com sede em Vizela, a A. Ferreira & Filhos emprega 87 trabalhadores e fechou 2021 com um volume de negócios de cinco milhões de euros.