01 abril 20
EPI têxteis

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Raclac de braços abertos às confeções e fabricantes

Empenhada em concentrar o fabrico de Equipamentos de Protecão Individual nas têxteis nacionais, a Raclac está já a produzir com 30 confeções da região, ocupando mais de dois mil trabalhadores. E o desafio é que outras se juntem nesta fase de carência generalizada.

“Estamos de braços abertos, temos que ajudar”, diz o CEO Pedro Miguel Costa, anunciando que a Raclac está aberta à colaboração com confeções e produtoras de tecidos e não tecidos. Basta o contacto através do mail – geral@raclac.pt – que há até uma pessoa exclusivamente dedicada ao assunto.

“Somos o maior player de descartáveis na área da saúde, e face à situação actual achamos que é também nosso dever juntar forças e apoiar as têxteis nacionais que estão a perder todas as encomendas”, diz Pedro Miguel Costa, o CEO da empresa que até agora tinha quase toda a produção deslocalizada a Oriente.

Com uma quota de mercado que, nos descartáveis, rondará os 80%, a Raclac controla a produção em várias fábricas a Oriente – o CEO prefere não nomear países -, nalguns casos com participação no capital e garantindo em todos os casos um completo controle sobre matérias-primas e produção.

E os equipamentos não param de chegar. “Ainda este fim-de-semana recebemos 2,8 milhões de máscaras, que estamos a distribuir pelos hospitais e até ao final de Abril receberemos mais 20 milhões. Tudo para ser distribuído em Portugal – os nossos profissionais merecem – já que estamos a rejeitar todas as encomendas internacionais, nalguns casos mesmo com propostas milionárias”, frisa Pedro Costa.

Pelo “orgulho na nossa indústria têxtil” mas também consequência dos ensinamentos do momento, a estratégia passa agora por “mudar o paradigma, sair da Ásia”, diz o empresário que aposta em novas parcerias com confecções e produtoras de tecidos.

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