Mariana D'Orey
Termina esta quinta-feira mais uma edição da Medica, que levou a Dusseldorf, na Alemanha, dezenas de empresas portuguesas – com os seus responsáveis a identificarem os contactos ali conseguidos como muito positivos, uma vez que os compradores estavam na sua maioria focados no negócio, não estando presentes na feira apenas para ‘ver as vistas’. Contactos efetivos e visitantes focados marcaram, portanto, esta edição da Medica, que registou apesar de tudo um menor volume de expositores e de visitantes.
A. Sampaio, António Falcão, Coltec, Foot by Foot, Lipaco, Oldtrading, Pafil, Ribeiro & Matos, Somani, Têxteis Penedo, Tintex, Trotinete e Unifardas, António Manuel de Sousa, Beppi, Line Textiles, Oasipor, Pharmia, PT Miles, Skylab by Inarbel, Trim NW e VSG, HydrUStent SA, Raclac, Wefty Scrubs/Adalberto, Riopele, CITEVE e CeNTI, são as empresas e organizações lusas presentes.
“ Fizemos bons contactos, nomeadamente com potenciais clientes franceses e alemães. A feira tem pouco movimento, mas os contactos são efetivos”, reconhece Rui Lopes, diretor-geral da Trim NW. A empresa apresenta em Dusseldorf os seus tecidos não-tecido para batas cirúrgicas que, de acordo com Rui Lopes, tem como fator de diferenciação o facto de serem em poliéster e, por essa razão, “serem mais competitivas em termos de preço e melhores ao toque também”. Uma outra novidade apresentada pela Trim NW, e que foi alvo de grande curiosidade na Medica, foi um novo material desenvolvido em parceria com o CITEVE e o PIEP (centro de inovação em engenharia de polímeros), que confere propriedades antivirais e antibacterianos aos não-tecidos para batas cirúrgicas.
A participar pela primeira vez no formato físico da Medica, a Line Textiles também faz um balanço positivo da feira. “Viemos com pouco volume de contactos, mas com boas perspetivas de concretização de negócios”, revela Pedro Morgado, co-fundador da empresa com sede em Guimarães. Especializada em fardamento técnico, a Line Textiles destaca os contactos estabelecidos com potenciais compradores europeus, mas também do Dubai, bem como os contactos estabelecidos com fornecedores asiáticos e africanos.
Dar palco às empresas que, não tendo ainda um número substancial de produtos dedicado às áreas médicas e da saúde, já apresentam soluções muito inovadoras nesta área é precisamente o mote do showcase que o CITEVE, em parceria com a Associação Selectiva Moda, levou a mais uma edição da Medica. “Apresentamos aqui uma grande diversidade de soluções: desde fios, até não-tecido ou tecido para batas cirúrgicas, batas descartáveis, fardamentos, etc… A ideia é mostrar o trabalho de algumas empresas portuguesas que, não tendo ainda grande produção nesta área, apresentam produtos específicos muito interessantes”, explica Cristina Castro, relações públicas do CITEVE.
“Reconheço que a feira está com um número inferior de expositores e de visitantes e que a pandemia não ajuda, mas a verdade é que os contactos estabelecidos têm sido muito interessantes para as nossas empresas”. “Os compradores estão muito focados”, acrescenta a relações públicas do CITEVE.
A participação das PME portuguesas na Medica é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal integrada no projecto From Portugal, que visa promover a internacionalização das PME portuguesas da área têxtil. O projeto é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.