T
A Desigual, empresa de moda catalã, propôs a implementação de uma semana laboral de quatro dias a mais de 500 funcionários, sendo que um desses dias de trabalho teria lugar em casa. Democraticamente, a empresa vai fazer votar a medida no próximo dia 7 de outubro e, caso receba 66% dos votos, é implementada.
Segundo adianta a empresa, para já, as equipas das secções comerciais e de operações ficam de fora deste novo esquema, até que seja encontrado um mecanismo de rotação de horários que se possa compatibilizar com as necessidades do seu ‘front office’.
“Queremos que as pessoas sejam mais felizes a trabalhar, e queremos ter a atratividade para reter o talento que temos em casa e atrair talento do exterior. O turno de quatro dias tornar-nos-á mais competitivos”, adiantou Alberto Ojinaga, CEO da Desigual, citado pelo jornal espanhol ‘Cinco Dias’.
A folga implica a redução de cinco horas semanais, passando os colaboradores a cumprir uma semana laboral de 34,5 horas – ou seja, há uma redução de 13% na carga horária, um valor que também implicaria, segundo a empresa, uma redução salarial de 6,5% para cada trabalhador.
“Não é uma medida para reduzir salários. Estamos a trabalhar nisto há um ano e dois meses e só o apresentámos quando vimos que podemos atingir o objetivo deste ano, que é voltar a lucrar”, acrescentou Alberto Ojinaga. Segundo as suas contas, estariam visados 502 trabalhadores da sede em Barcelona e dos escritórios nos centros de distribuição e produção em Viladecans e Gavá.
A filial da Microsoft no Japão foi a primeira empresa a testar esta solução, ainda antes da pandemia, em agosto de 2019. Os resultados foram considerados satisfatórios: o bem-estar dos colaboradores aumentou e a produtividade que subiu 40%.