29 março 19
Eurostat

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Custo da mão-de-obra cresce em Portugal mais que em Espanha e Itália

Os custos de mão de obra em Portugal cresceram 3,2% em 2018, o dobro de Itália (1,6%) e muito acima de Espanha (0,8%). Segundo o Eurostat, no conjunto da indústria instalada na União Europeia o aumento foi 2,6% em comparação com o ano anterior.

Estes valores ficam, de qualquer modo, muito abaixo do aumento dos custos para a generalidade dos países do Leste da Europa. Uma das explicações para o crescimento do custo do trabalho no lado de lá da Europa reside no facto de a base de referência ser assinalavelmente baixa, mas o certo é que o corte na competitividade daqueles países é uma evidência.

A Letónia foi o país que mais aumentou o custo da sua mão-de-obra: 11,8%; seguem-se a Croácia (9,7%), Roménia (9,5%) e Hungria (9,4%). Nos países com elevada exposição à produção têxtil, como a Bulgária e a República Checa, o aumento deste custo também ficou acima da média: 8,9% e 8,5%, respetivamente. Na Lituânia, os aumentos foram de 8,5%, na Eslováquia 8% e na Polónia 7,3%.

No setor do comércio, Portugal está no fundo da tabela: o custo do trabalho diminuiu 0,5%; só a Grécia (menos 0,2%) e a Bulgária (menos 0,6%), estiveram por perto.

Em termos gerais – agregando todos os setores de atividade – a União Europeia apresentou um aumento dos custos com o trabalho de 2,7% em 2018. O que se passa na indústria repete-se em termos gerais: Letónia (10,8%), Lituânia (10,1%), Hungria (9,7%) e Eslováquia (9,5%) lideraram em 2018 os aumentos nos custos do trabalho. Seguem-se Estónia (9,2%), Eslováquia (9,2%), República Checa (8,4%) e Polónia (7,2%).

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