08 Julho 19
Indústria 4.0

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COTEC no coração da têxtil para lançar o desafio digital

A viagem da COTEC até ao coração do setor têxtil nacional, Famalicão, destaca a importância da inovação no quadro da indústria 4.0, que é, definitivamente, a rampa de lançamento para a digitalização. Um quadro que o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, diz ter de ser acompanhado pelo complemento do investimento público.

Foi essa a mensagem do governante na abertura do 16º COTEC Innovation Summit, que decorre ao longo desta segunda-feira, dia 8 de Julho,  na Casa das Artes de Famalicão, deixando claro ser a digitalização um dos vetores centrais do apoio e do financiamento da indústria na fase posterior ao Portugal 2020.

“Já há programas e incentivos à digitalização no quadro do Portugal 2020”, recordou Nelson de Souza, para explicar que a “disseminação e o envolvimento” de toda a comunidade industrial “no desafio 4.0” será central em termos do novo quadro comunitário de apoio – que a própria União Europeia já tem em mãos neste momento.

Para o ministro do Planeamento, é da Comissão Europeia que emana a evidência da urgência das respostas às alterações profundas que se avizinham: para além da digitalização, estarão no topo do agenda a economia circular, as alterações climáticas, o envelhecimento do ocidente, como grandes vetores da mudança.

Isso mesmo ficou claro com a intervenção de Anand Vengurlekar, keynot speaker (foto), para quem só há duas alternativas, em termos de economias nacionais: “liderar a revolução digital ou ser esquecido”. Ou, dito de outra forma: não há opção aceitável em termos de desenvolvimento da economia.

Fazendo prova material disso mesmo, bem perto da Casa das Artes de Famalicão, nas instalações do CITEVE, cerca de 60 jovens embrenharam-se, ao longo de mais de 24 horas sem descanso, na resposta a desafios digitais propostos pela COTEC, num concurso cujos vencedores serão conhecidos no final dos trabalhos da 16ª COTEC Summit, já durante a tarde de hoje.

No concelho que se intitula como Capital Têxtil, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, recordou que “o sucesso empresarial não pode desligar-se do ecosistema social em que está inserido” – algo que o setor têxtil conhece bem e a que deu resposta muito positiva ao longo da última década. É esta resposta positiva que o setor terá de manter, desta vez com a incorporação do desafio digital.

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