11 maio 22
Sustentabilidade

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Continental usa novo fio de poliéster no fabrico de pneus

Um fio de poliéster reciclado produzido a partir de garrafas de plástico está a ser usado pela Continental no fabrico de pneus na sua unidade de Lousado, em Famalicão. Denominada ContiRe.Tex, a nova tecnologia que foi desenvolvida do interior da empresa permite substituir o poliéster convencional que era utilizado na carcaça dos pneus. O novo fio é obtido a partir de garrafas PET usadas sem quaisquer etapas químicas intermédias e não recicladas, o que o torna ambientalmente mais eficiente em comparação com outros fios de poliéster de alto desempenho obtidos a partir do plástico.

Em comunicado, a unidade portuguesa da fabricante de pneus dá conta da novidade que passa a ser aplicada nalgumas séries da sua produção. “ A Continental é o primeiro fabricante de pneus a lançar a produção em série de fio de poliéster reciclado, obtido a partir de garrafas de plástico PET. O novo material de alto desempenho será utilizado em algumas dimensões dos pneus PremiumContact 6, EcoContact 6 e AllSeasonContact”, anuncia a empresa, dando conta de que “um conjunto de pneus standard de um automóvel de passageiros utiliza cerca de 40 garrafas PET recicladas”.

A empresa esclarece que para a obtenção do novo fio e poliéster as garrafas utilizadas para esta tecnologia obedecem a um processo de reciclagem especial. “As garrafas são separadas e limpas mecanicamente, depois das tampas das mesmas serem removidas. Após a trituração mecânica, o PET é posteriormente transformado em granulado e finalmente em fio de poliéster”, explica o comunicado.

A Continental afirma que o fio poliéster feito de PET é usado há muito tempo como material na montagem de pneus de passageiros e camiões ligeiros. “Os cordões têxteis absorvem as forças da pressão interna do pneu e permanecem estáveis, mesmo sob cargas e temperaturas elevadas. Para tornar os pneus ainda mais eficientes no consumo de energia e amigos do ambiente no fabrico, utilização e reciclabilidade, a Continental está a investigar intensivamente materiais alternativos para a sua produção”, nota ainda o comunicado.

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