27 abril 20
Indústria

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Máscaras: 60 já aprovadas e cerca de 1500 modelos em teste

É um crescendo que remete até para os gráficos da contaminação da Covid-19. Nas últimas semanas multiplicaram-se no CITEVE as entregas de máscaras e dispositivos médicos para aprovação, numa dinâmica de adaptação das empresas do sector têxtil aos novos tempos. O jornal francês Le Figaro já destacou “a poderosa indústria têxtil portuguesa”, que se prepara para abastecer toda a Europa no lento regresso à atvidade.

Só de máscaras foram já recepcionados cerca de milhar e meio de modelos no CITEVE e a tarefa dos laboratórios tem sido também a de achatar a curva do gráfico de entregas, com um crescente ritmo de testes e aprovações. Com o reforço de equipas e equipamentos, a lista que está em actualização permanente deverá contabilizar já mais de 60 modelos com o selo e certificação até ao final do dia de hoje.

Uma tarefa que, a par dos testes de grande minúcia, nalguns casos requere também tempo alargado. Basta lembrar, no caso das máscaras, que para um modelo reutilizável aconselhado para 30 ou 40 lavagens, estas terão que necessariamente ser feitas no laboratório, tal como as correlativas secagens.

O objectivo é dotar o país das máscaras que são fundamentais para o progressivo regresso à actividade, mas a têxtil nacional já fez chegar à Europa a mensagem de que tem capacidade e está preparada para abastecer os seus 515 milhões de habitantes. Na última quinta-feira, o diário francês Le Figaro noticiava já a dinâmica demonstrada pela têxtil nacional na reconversão das linhas produtivas para o ataque à pandemia.

O prestigiado e influente jornal referia a “poderosa indústria têxtil portuguesa”, que num ápice foi capaz de reponder ao apelo das autoridades e relançar um sector que de repente quase teve que parar. “Várias cententas de empresas da área têxtil viraram a produção para as máscaras de proteção contra o novo coronavírus”, sublinha a notícia.

Brás Costa, director-geral do CITEVE, mostra-se impressionado com o “ritmo de inovação GT” demostrado pelas empresas do sector e regozija-se com a reação e a demonstração, mais uma vez, de que é capaz de se reinventar e agarrar as oportunidades.

O mesmo aconteceu com o centro de investigação, que em articulação com o Infarmed, ministérios da Saúde e da Economia, rapidamente montou uma estrutura de apoio às empresas para teste e aprovação de materiais. À medida que dão entrada, são encaminhados para os laboratórios que têm sido em permanência reforçados com equipamentos e meios humanos, trabalhando a um ritmo que não atende a feriados ou fins de semana.

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